Temas para a Catequese no mês de novembro de 2016
03/11/2016Precisamos falar de acolhida na catequese
07/11/2016Este planejamento é do livro “Perseverar ma fé” (Leomar A. Brustolin)-Livro do catequista, Editora Paulinas.)
A sociedade de consumo e a busca do bem-estar ensinaram que só vale a pena viver se há o máximo de satisfação e prazer. O doente, o agonizante, o indesejado e tantos outros sujeitos humanos são excluídos dessa lógica. Como nossa sociedade apresenta a morte na TV, internet e conversas do cotidiano? O que você acha disso tudo?Motivação: Vivemos num mundo que nega a dor e a morte. O sofrimento do outro não afeta a maioria das pessoas. A morte é cada vez mais escondida e maquiada. Diante da dor pretende-se ocultar, silenciar e fugir.
Leitura Orante: 2Cor 5, 1.6-9 (Destacar frases importantes e fazer a reconstrução do texto.)
- a) O que acontecerá quando a tenda do nosso corpo for destruída; b) Como será a nova moradia?; c) Por que temos confiança?; d) Como caminhamos?; e) Em que nos empenhamos?
Reflexão
Atualmente, não se fala da morte para tentar evitar o problema que ela significa. O ser humano moderno avançou em muitas áreas, mas na questão do fim da vida é incapaz de enfrentar o problema como em outras épocas se fazia. O silêncio, as superstições e os medos mostram a ansiedade diante da possibilidade de morrer.
O apóstolo Paulo nos convida a viver neste mundo cheios de confiança de que a morte não será o nosso fim. Ele diz que esta tenda (nosso corpo) será destruída. Mas ganharemos uma nova morada (corpo glorioso) no céu, junto de Deus. Por isso valorizamos esta vida, mesmo sabendo que ela é passageira.
Para o Catequista
Jesus Cristo, com sua morte e ressurreição, revela que a morte não é um salto no vazio e sem esperança. A morte não está no final da vida, mas no começo do viver. A vida exige a morte, pois ela é um processo que se aperfeiçoa em todo o seu percurso.
A partir da experiência da fé no Crucificado-Ressuscitado, os cristãos não devem sentir medo da morte, pois sabem que a ressurreição já destruiu o poder dela. Os cristãos definem a morte como passagem. O morrer é um adormecer para este mundo limitado pelo tempo e pelo espaço e um acordar nas mãos de Deus. A morte possibilita o encontro que dá significado á experiência humana.
“É morrendo que se vive para a vida eterna.”
Na Igreja: rezar pelos mortos
Qual o sentido de rezar pelos falecidos? Há um benefício, relação ou comunicação dos vivos para com os mortos através dessas orações? Durante a vida crescemos numa família, conhecemos amigos, temos colegas de trabalho, escolhemos pessoas mais íntimas, formamos nova família e experimentamos a amizade, o amor e a comunhão, pessoas que permanecem conosco e outras que já morreram. Tudo isso marca a nossa vida. Para sempre ficamos unidos no amor. Permanecemos, portanto, unidos em profunda comunhão entre vivos e mortos Isto, porém, não significa que podemos nos comunicar com espíritos para falar com os falecidos. A igreja nunca ensinou que há fantasmas, comunicação com armas do outro mundo, nem encostos ou possessão de espírito de mortos em pessoas vivas. Tudo isso é resultado de uma religião que se misturou com elementos não bíblicos e se desviou totalmente do ensino de Jesus e dos apóstolos sobre a vida e a morte
Rezar pelos mortos é um gesto de profunda solidariedade. A Bíblia registra a oração pelos falecidos desde o antigo testamento, a tradição da igreja sempre recomendou tal prática. Recordemos, entretanto, que não há maior nem melhor comunhão entre céu e terra do que a missa. Quando santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, estava para morrer, discutiram sobre o local onde ela seria sepultada. Diante das dúvidas, ela, agonizando, disse que não importava onde estaria o seu corpo, o mais importante é que fosse lembrada no altar do senhor, na Eucaristia. Distância, tempo, espaço e sentimentos humanos, tudo se encontra sobre o altar do Cristo.
Símbolo e a atividade Cruz, velas, flores e Círio Pascal.
Olhar para as flores e velas acesas. Elas podem expressar luto, tristeza e morte, quando usadas em velórios. Mas também se usa flores e velas em festas de casamento e aniversários.
Qual o sentido de tais símbolos para os cristãos?
Há quem pense “morreu, acabou tudo”. Não é verdade. Neste mundo, quem viveu e amou é chama que não se apaga. Seu testemunho fica como uma luz acesa no coração de quem continua a caminhada. Este é o significado das velas acesas nos túmulos. Nossos irmãos não se apagaram e brilham diante do Deus da Luz. O costume de levar flores aos cemitérios recorda que a fé dos cristãos é marcada pela esperança da feliz ressurreição. A vida e a morte em Cristo é sempre uma festa bela e plena de sentido. Os justos florescerão no jardim de Deus.
O Círio pascal é uma grande coluna de cera, que recorda a luz de cristo, que venceu a morte. É o grande símbolo da ressurreição de Jesus que ilumina a vida e a fé do cristão. É por isso que o Círio Pascal sempre deveria estar presente nos velórios, recordando-nos de que apesar da força da morte o poder de Cristo revelado na ressurreição é maior que tudo.
É bom saber
O da de Finados é o dia da celebração da vida eterna. É o dia do Amor, porque amar é sentir que o outro nunca morrerá, pois em Deus todo limite é superado. Os cristãos têm o costume de rezar pelos mortos desde o século I, quando visitavam o túmulo dos mártires nas catacumbas e rezavam por todos os falecidos. No século IV já encontramos a recordação dos mortos na celebração da missa. Desde o século V, a Igreja dedica um dia por ano para rezar pelos motos, principalmente por aqueles a que ninguém reza.
Oração final
Por Catequese de Eucaristia