Em um domingo do Advento e da Quaresma, os sacerdotes católicos têm a opção de vestir uma casula rosa.
É possível que o padre, se escolher esta cor, faça algum comentário sobre seu significado antes de começar a missa.
Ainda que a escolha da cor e os comentários do sacerdote poderiam intrigar e divertir alguns paroquianos, a verdade é que as vestimentas já têm séculos de tradição católica. Há um profundo significado simbólico na cor litúrgica rosa.
Esta cor, usada somente duas vezes em todo o ano litúrgico, associa-se tradicionalmente a um sentido de alegria em um período de penitência. Em ambos os domingos (“Gaudete” no Advento e “Lætare na Quaresma), o padre usa rosa para nos recordar que a temporada de preparação está chegando ao fim e a grande festa está próxima.
O rosa representa uma quebra na austeridade do Advento ou da Quaresma, simbolizando uma alegria contida.
Inclusive a antífona de entrada cantada tradicionalmente no Domingo de Lætare (4º Domingo da Quaresma) fala da alegria que nos inunda:
Lætare Jerusalem: et conventum facite omnes qui diligitis eam: gaudete cum lætitia, qui in tristitia fuistis: ut exsultetis, et satiemini ab uberibus consolationis vestræ.
Em Português:
Alegra-te, Jerusalém; rejubilai, todos os seus amigos. Exultai de alegria, todos vós que participastes no seu luto e podereis beber e saciar-vos na abundância das suas consolações.
A antífona do 3º Domingo do Advento é semelhante: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Exultai de alegria: o Senhor está perto”.
Então, quando vemos a cor rosa na missa, somos convidados a alegrar-nos: a estação da penitência está acabando e se aproxima a celebração do Nascimento ou da Ressurreição de Cristo, segundo cada época litúrgica.
Via Aleteia
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