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Nossos calendários estão cheios de compromissos. Entretanto, é bom reservar de 20 a 30 minutos por dia para a oração do terço. Este encontro com Jesus e Maria é muito mais importante que as demais atividades agendadas.
Este tempo de oração é reservado para nós mesmos, porque é um tempo no qual devemos nos dedicar somente para amar.
É possível reservar dois ou três dias da semana para a oração do terço e, desta forma, será cada vez mais fácil fazer esta oração, até finalmente poder rezá-la todos os dias.
Uma boa oração está baseada em orientar completamente à vontade a agradar o nosso querido amigo, Cristo, e não a nós mesmos.
Santo Ignácio de Loyola recomenda a chamada “terceira forma de rezar” para adaptar as palavras ao ritmo da própria respiração.
Normalmente, é suficiente interromper um mistério do terço para voltar a ser consciente de que Jesus e Maria nos olham cheios de alegria e amor. Para isto, pode ser útil respirar duas ou três vezes, antes de voltar a retomar a oração.
Pode-se e deve-se “desviar” os pensamentos para encontrar o mistério que devemos visualizar na nossa mente antes de cada dezena do terço.
É pouco provável que a repetição seja útil se não for encaminhada várias vezes para o essencial, que é a vida de Jesus e de Maria.
Um dos primeiros e mais importantes passos para a oração interior é não só nos dedicarmos a pensar e a meditar, mas olhar paa aquele a quem está dirigida a nossa prece.
Saber que, aquele a quem nos dirigimos nos ama infinitamente e despertará em nós diversos e espontâneos sentimentos, assim como quando desfrutamos e nos alegramos com uma pessoa que gostamos muito.
Algumas pessoas fecham os olhos a fim de se concentrar e rezar melhor. Isso pode ser uma ajuda, mas normalmente é suficiente fixar o olhar em um só lugar e evitar olhar ao redor. De qualquer maneira, é importante que os olhos do coração estejam sempre abertos.
O terço é como uma visita ao cinema. Trata-se de ver imagens. Algumas perguntas básicas podem ser de utilidade: o que, quem, como, quando, onde? Como vejo o nascimento de Jesus, a crucificação, a ascensão, a vinda do Pentecostes…
Às vezes, posso – como se tivesse uma câmara – aproximar elementos ou detalhes e procurar um primeiro plano: a mão de Cristo transpassada pelos pregos, as lágrimas nos olhos do apóstolo João enquanto o Senhor subia aos céus, etc.
As palavras acompanham, nossa mente se dispõe, mas o nosso coração deve dominar a oração.
Todos os grandes escritores espirituais concordam que a oração interior atinge principalmente nossos sentimentos e emoções.
Santa Teresa D’Ávila explica de maneira simples: “Não pense muito, ame muito!”. Quando não conseguir o rezar terço todos os dias, tente ao menos dizer, por várias vezes: ‘Jesus, Maria, eu os amo!’. E a partir das tentativas, ir fidelizando a oração diária de uma dezena, terço e até mesmo o rosário diário.
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