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A Ordem do Carmo nasceu há 800 anos e é uma das ordens religiosas católicas que mais gerou Santos para a Igreja e para a humanidade. Mas não é preciso esperar canonizações para que conheçamos grandes santos dos nossos dias, homens e mulheres leigos que, diariamente, se ofertam por Deus e pela Igreja nas paróquias, obras sociais e movimentos carmelitanos.
O tripé do Carisma Carmelitano consiste na Oração, Fraternidade e Serviço. Nesse sentido, todos os que se dispõem a vivê-lo devem ter uma vida baseada na contemplação, tendo a oração como centro e norte de suas vidas; no convívio com os irmãos, buscando sempre a unidade e boa convivência, sendo apoio às necessidades do outro; e na doação da vida, no serviço, trabalho, colocando os dons sempre à disponibilidade de quem precise e assim favorecendo o anúncio do Evangelho. Mas não é preciso ingressar como frei ou monja para viver esse carisma. Nas paróquias e obras carmelitas já é possível conhecer essa oferta de vida que os leigos vivenciam. Eles são catequistas, ministros da Eucaristia, músicos, leitores, e qualquer outra realidade que a Igreja necessite, mas, principalmente, são irmãos disponíveis e dóceis.
A docilidade brota da gratidão, que esses homens e mulheres têm em abundância. Pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela experiência com Deus e se dedicam a devolver de graça o que de graça receberam. Ao todo, a Província Carmelitana de Santo Elias está presente em 18 comunidades, e em cada uma existe um povo que zela pela Igreja e pelos novos fiéis que chegam a cada dia. Inúmeros são os testemunhos de conversão e de transformação proporcionados pela presença do Carisma Carmelita, e aqui é possível contemplar alguns deles.
“Aos pés de Jesus, aos poucos e no tempo de Deus, meu serviço na Igreja passou a ser um ato de amor. Entendi que a Missa é o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo e não um espetáculo; se o padre estiver presente e for da vontade de Deus, comungaremos o Corpo e Sangue de Cristo mesmo que para nós pareça impossível” – Maria Helena Silva, Palmas (TO)
“Na família nós convivemos, partilhamos, aprendemos, crescemos, somos consolados e não estamos sozinhos. Para mim, o Carmo é assim. Lá buscamos, juntos, aproximarmos a nossa vida e a nossa juventude de Jesus Cristo, Nosso Senhor!” – Henrique Benassi, Belo Horizonte (MG)
“Ser paroquiano na comunidade carmelita é ser um ‘peregrino’ que viaja rumo à pátria celestial e que, acolhido numa paróquia, ou seja, numa ‘morada próxima’, vai compartilhando essa viagem com seus irmãos e vizinhos!” – Américo e Marisa Geniolli, Itaim Bibi (SP)
“Os filhos crescem, seguem o seu caminho, mudam de estado. Mas, posso afirmar: o Carmo foi e é a extensão da minha casa. Meus meninos têm essa comunidade como algo muito valioso e que os inspiram a serem pessoas melhores, sensíveis, fraternas e solidárias.” – Abidias José de Sousa, Brasília (DF)
“Um dia participei da Missa na Paróquia Nossa Senhora do Carmo e, desde então, já me senti em casa. Identifiquei-me ainda mais com o carisma contemplativo, o que me ajudou a crescer na vida de oração. Aos poucos, a amizade com os frades foi surgindo e, a cada dia, eles me fazem sentir parte do Carmelo.” – Mariana Potenza, Belo Horizonte (MG)
“Decidi conhecer melhor o carisma e foi aí que me apaixonei pela espiritualidade carmelitana. De uma hora para a outra me pegava de joelho contemplando a face do Senhor. Amo ser carmelita. O escapulário é o meu escudo de todos os dias, é ele que me dá força e coragem para vencer todo e qualquer obstáculo. Foi com o escapulário na mão e com a nossa comunidade carmelitana rezando todos os dias que venci um câncer sem perder o cabelo, a autoestima e, principalmente, sem perder a fé.” – Nilda, Palmas (TO)
“A Ordem do Carmo nos ensina claramente a missão evangelizadora e profética também atribuída a nós leigos, porque viver numa paróquia carmelitana é fazer tudo o que Ele disser. (Jo 2,5). É pedir ao Senhor, a graça da liberdade interior, para poder orientar a nossa vida unicamente pelo caminho que Ele quer para nós.” Paulo Dias, Vila Kosmos (RJ)
“Fizemos uma Via Sacra pelas ruas do bairro saindo da paróquia e subindo toda a Escadaria Selarón. Durante o caminho fomos vendo muitas realidades complicadas nas ruas e vielas. Mas teve um jovem que estava na Lapa, um pouco bêbado, que nos viu no início da caminhada e decidiu nos acompanhar. No meio do caminho, largou seu copo e foi conosco até o fim da Via Sacra, conversou com o Frei e teve uma verdadeira experiência com Deus. Esse é o belo da presença Carmelitana ali na Lapa, é como um grande navio cargueiro resgatando almas para Deus.” Cláudia Brandão, Lapa (RJ)
“Em todos os trabalhos paroquiais sempre me fiz presente como carmelita, procurando mostrar que essa espiritualidade faz parte da minha vida onde quer que eu esteja. Ela se expressa na vida, no comprometimento com o Reino, e em fazer o carisma sair de nós mesmos, na expressão da Espiritualidade do Escapulário, vivendo em ‘Obséquio de Jesus Cristo’.” Paulo Daher, Angra dos Reis (RJ)
“Sou muito feliz pela minha Paróquia ser Carmelitana, pois desde criança sou muito apegada ao Carmelo! Com a graça de Deus e de Nossa Senhora do Carmo, hoje minha Paróquia está com a Ordem do Carmo, os Padres Freis Carmelitas! Estamos muitos felizes! Eles têm uma espiritualidade muito grande e nos ensinam muito!” Salete Santana, Eldorado do Sul (RS)
“Quanto mais estudo sobre o Carmelo, mais admiração tenho. Aqui na Paróquia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, fortaleci e renovei minha fé, e ganhei uma nova família. Não consigo imaginar minha vida longe de tudo isso! Coloquei em prática o dom que Deus me deu e com a intercessão de Nossa mãezinha do Carmo sigo firme em minha missão, tentando a cada dia colocar em prática os ensinamentos que os santos carmelitas nos deixaram.” – Alaíne Patrícia, Palmas (TO)
“Em 1997, senti muito forte em meu coração, durante uma Missa, onde servia o altar como ministra, que o Senhor não me queria ali, mas com os pobres. Pedi afastamento da Crisma, onde era coordenadora, pedi licença para deixar os Ministros da Eucaristia e fiquei totalmente dedicada à ação com os pobres. Em 1998 se iniciaria o Projeto Isidoro Bakanja (levar alimentos aos irmão de rua) criado por Frei Antônio Silvio da Costa Jr., O.Carm., e nele fiquei por 20 anos. Gratidão a toda experiência de vida e religiosidade vivida nesta comunidade, onde tenho dezenas de amigos e meus melhores amigos. Ao Senhor toda honra, toda glória, todo louvor.” – Regina Fátima, Itaim Bibi (SP)
“Quero aqui dar o meu testemunho de paroquiana que sou há 45 anos. Eu estava em uma situação sofrida e com muitas necessidades, então senti que precisava encontrar uma igreja e estar em sintonia com Deus. Foi aí que eu encontrei a Igreja Carmelita Santa Teresa de Jesus, onde passei a frequentar. O importante para minha vida sobre o carisma carmelitano foi que conheci e aprendi um pouco sobre as vidas dos Santos. Quero não só imitar, mas fazer alguma coisa como os santos carmelitas fizeram.” – Luisa Maria, Itaim Bibi (SP)
“Neste período difícil que vivemos de pandemia pude, como carmelita, junto aos meus irmãos nesta devoção, experimentar a verdadeira prática do Carmelo ajudando aos que necessitam vivendo assim não apenas a Oração e o Serviço, mas também a Fraternidade. Ser Carmelita é subir o monte e fazer acontecer o Evangelho entre nós e dar testemunho desta devoção.” – Conceição Fonseca, Angra dos Reis (RJ)
“No Carmo, a graça de Deus, por meio dos sacramentos frequentemente e bem administrados, jorra como torrentes de água pura. O Carmo é um verdadeiro jardim, um oásis da presença de Deus na capital mineira. Vou ao Carmo para matar a minha sede de Deus.” – Paul Medeiros Krause, Belo Horizonte (MG)
“Sagrada em 1963, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo de BH se confunde com a minha história de vida. Cheguei no Bairro do Carmo em 1957 com apenas 9 anos de idade. Foram 63 anos de uma rica relação com a Igreja do Carmo, que muito me honrou, uma relação muito privilegiada e de muito crescimento espiritual, sempre cercada de muitos amigos e, em especial, dos freis Cláudio, Miguel, Renê e Evaldo.” – Paulo Avelar, Belo Horizonte (MG)
“Ser jovem nesta comunidade é uma alegria, pois em 75 anos de presença carmelita em nosso meio, os freis sempre se dedicaram a todos nós, seus filhos espirituais. Eles responderam ao chamado de Cristo exercendo a sua função de sacerdote nesta comunidade, ofertando suas vidas para todo povo de Deus.” – Bryan Lucas, Vila Kosmos (RJ)
“Sou muito feliz! Espero morrer carmelita quando chegar à perfeição do amor. Abriram-se para mim as portas benditas do “céu na terra”, o Carmelo, a casa de Nossa Senhora do Carmo. Vivo deixando-me amar por Jesus, no exercício da fé, esperança, amor e na companhia dos meus queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus.” – Lélia de Souza Wille, Vila Kosmos (RJ)
Diversos são os motivos para louvar e bendizer a Deus por 300 anos de presença da Província e por tudo que foi, e ainda será feito por meio da vida desses homens e mulheres que, ao terem experiências profundas e reais com Deus, desejam retribuir e proporcioná-las aos outros. Os leigos Carmelitas entenderam que o sentido da vida está em perdê-la e entregá-la ao serviço, porque dessa forma ganharão o Céu, a Vida Eterna, onde serão recompensados em plenitude por todo o esforço empenhado na Obra de Deus.
*Estagiária, sob a supervisão de Raphael Freire
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