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Lucas Patriota, postulante da Ordem do Carmo deu seu testemunho sobre o quanto a devoção à Virgem Maria do Monte Carmelo é importante em sua trajetória vocacional.
A Igreja Católica celebra hoje a Solenidade da Anunciação do Senhor, na qual Maria, a futura mãe de Deus, recebe a visita de Deus e diz sim ao seu convite!
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Não é preciso muito para perceber que ser religioso na Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo é justamente ser irmão, fazendo jus ao escapulário que no noviciado receberemos como nosso hábito. É dar pleno sentido ao que é simbólico: o serviço aos irmãos, que encontra, na vivência dos votos, uma via pela qual nos conformaremos mais perfeitamente a Nosso Senhor. Como postulantes, iniciamos esse conhecimento do que é ser consagrado e, em Maria, encontramos todas as virtudes evangélicas que nos são indispensáveis para bem trilharmos esse caminho vocacional.
Encontramos em Nossa Senhora, o verdadeiro sentido de pertença a Deus “Ecce Ancilla Domini” (Lc 1,38). Eis aquela que depois de questionar “Como se dará isso?”, entendendo a sua missão, se entregou totalmente à vontade do Altíssimo. No latim encontramos a palavra “ancilla” que traduz-se como “escrava” e, não sem propósito: uma escrava não tem vontade própria, apenas obedece os desígnios de seu senhor. Assim deve ser aquele que escuta, compreende e responde sim ao chamado, abandonando-se ao querer do Senhor.
Em Nossa Mãe Santíssima, contemplamos a mais nobre pobreza, a autêntica pobreza, da qual nos fala Nosso Senhor: “Pois onde está o seu tesouro, estará aí também o seu coração.” (Mt 6,21). O coração da Virgem era só de Deus e era nEle que se comprazia. Deus era o seu tesouro. Esta pobreza podemos também encontrá-la no aspecto material, ao se desposar com José um humilde carpinteiro (Lc 2,24). Também no relato da Apresentação do Senhor no templo, onde ofereceram dois pombinhos, a mais humilde das ofertas. Aquela que tinha dado à luz ao Tudo, nada possuía.
Em nossa Flor do Carmelo, contemplemos também a sua pureza guardada, como diz Santo Agostinho, desde antes de conceber a Nosso Senhor (Lc 1,34). Maria foi aquela que se guardou, se preservou em consagração a Deus. Uma vida entregue ao Senhor e que, por meio desta entrega, colaborou com a nossa salvação. Guardando-se para Deus, nos mostrou que a castidade nos une a Deus mais intimamente e que assim, com o coração indiviso, contribuiremos com o plano de Deus, servindo-o através dos irmãos.
Este tempo de postulantado nos proporcionará, portanto, a intimidade, mesmo que ainda como principiantes na subida do Monte Carmelo, com esses três conselhos evangélicos: obediência, pobreza, castidade, tendo como modelo perfeito de vivência e prática, a nossa Rainha e Mãe do Carmelo em quem contemplamos também, a fidelidade ao plano de Deus, vivido com total entrega e confiança de que é Deus mesmo quem nos chama a fazer a experiência. Que nossa Mãe nos ajude, como aquela que nos acompanha e nos diz mais uma vez: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Por Lucas Patriota, postulante na Ordem do Carmo
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