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Inaugurado a 28 de junho de 1997 pelo falecido Bispo Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, o idealizador e concretizador deste projeto, o Centro de Formação para famílias-catequistas no mundo rural, batizado com o nome “Centro de formação catequético Beato Isidoro Bakanja”, situado nos arredores de Mansoa norte da Guiné-Bissau, a 45 km da capital Bissau, viria a fechar as suas portas em 2004 para um momento de avaliação sobre os caminhos percorridos. No entanto, com base nas experiencias vividas ao longo dos primeiros sete anos chegou-se à conclusão que algo precisaria ser mudado e que os edifícios precisavam de ser modificados.
Na sua homilia, durante a celebração eucarística, Dom José Lampra Cá pediu a perseverança às famílias catequistas pois, segundo ele não se arrependerão da decisão tomada. Lampra Cá rogou ainda a estas famílias catequistas que tomem como modelo de vida Jesus Cristo por forma a contaminarem positivamente os restantes membros das suas aldeias, ao regressarem.
“O que eu vos peço é para que perseverem até ao fim pois, no grande dia não se arrependerão da opção feita, procurem durante estes anos de formação conhecer Jesus Cristo mas não só por conhecer porém, para tomá-Lo como modelo da conduta da vossa vida por forma a contaminar positivamente os membros das vossas aldeias ao regressarem”, concluiu.
Coordena o centro o Pe. Marco Pifferi, missionário italiano do PIME, que terá como seu adjunto a Ir. Alessandra Bonfanti, missionária das Irmã da Imaculada, antiga vice-diretora da emissora católica da Guiné-Bissau, Rádio Sol Mansi.
O curso que agora se vai iniciar decorrerá entre o período de 2021/2024 com a participação de seis famílias cristãs, oriundas das aldeias das duas dioceses do País (Bissau e Bafatá).
O Catequistado é uma estrutura interdiocesana ao serviço da Igreja da Guiné-Bissau que tem como finalidade: aquela de formar casais catequistas para o mundo rural para que possam testemunhar a vida cristã e ao mesmo tempo ser líderes nas próprias aldeias, promovendo o desenvolvimento na própria tabanca e no território onde vivem. Outrossim, o Catequistado foi uma resposta à urgência da Igreja na Guiné-Bissau, que queria ter um modelo de famílias cristãs e dar preferência às tabancas (aldeias), onde era urgente a necessidade de ter “líderes” – catequistas.
Pe. Marco Pifferi, coordenador do Centro, não escondeu a sua alegria sobre a reabertura deste Centro, que para ele é momento de alegria, “ é com grande alegria que depois de uma pausa bastante prolongada, hoje o Centro de Formação para familias-catequistas no mundo rural “Beato Isidoro Bakanja” reabre as suas portas para acolher um novo grupo de famílias que irã começar o curso (o terceiro a ser realizado nesta estrutura) de formação integral”, realçou.
O primeiro curso às famílias teve lugar entre 1997-2000 e o segundo entre 2001 e 2004, ano em que encerraram as suas portas. O forte impulso e os esforços dos missionários do PIME e das Irmãs Missionárias da Imaculada foram determinantes na reabertura deste Centro.
A ideia teve a sua génesis nos anos 1990, no sector pastoral Oio, norte do País, naquela altura formada pela missão de Mansoa, Bissorã, Farim e Bigene que pensavam em um Centro para catequistas, em particular para “famílias catequistas” das tabancas (aldeias).
Os missionários presentes, na sua maioria, eram do PIME e das Irmãs Missionárias da Imaculada.
Assim, a conscientização foi iniciada nas várias aldeias, para que as tabancas entendessem a importância da formação para a família catequista e aceitassem que a família permanecesse três anos para a formação de catequistas, assumindo depois a responsabilidade de continuar o trabalho da família na tabanca (aldeia). A própria tabanca escolheria a família a ser preparada pelos missionários por quase um ano com reuniões específicas.
Doze foram as famílias que tinham participado a estes dois cursos. Três anos de intensa formação para toda a família fizeram com que essas famílias catequistas se tornassem agora agentes eficazes de evangelização e testemunhas da vida cristã nas suas aldeias. Essa iniciativa é certamente necessária para a vida da comunidade cristã e, acima de tudo, nas aldeias mais longínquas do País. Importa sublinhar que na cultura africana, a família, não obstante continuar a ser uma pequena minoria, é vista como um verdadeiro coração da vida social e ainda mais da vida cristã.
Fonte: www.vaticannews.va/
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