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A Missa de sábado substitui a Missa dominical de preceito? Esta é uma indagação frequente entre muitos fiéis e quem respondeu a ela, mediante um comentário em sua rede social, foi o pe. Wellington José de Castro, da arquidiocese de Campo Grande.
Eis a explicação oferecida pelo sacerdote:
“Não é raro alguém me perguntar: ‘Padre, a Missa de sábado já vale pelo domingo?’, querendo saber, obviamente, se já se cumpre o preceito dominical (sim, é um preceito canônico!) participando do Santo Sacrifício no sábado à tardinha/à noite.
A confusão é feita, muito provavelmente, pelo desconhecimento de que os domingos e as solenidades, diferentemente dos demais dias, começam após a hora nona do dia anterior, ou Primeiras Vésperas. Quer dizer que, canônica e liturgicamente, sábado à tarde (pelas 16h) já é domingo! Por exemplo: 3 de julho de 2021, sábado, é a festa do apóstolo São Tomé, mas o formulário a ser utilizado nas celebrações da noite desse sábado já será o do domingo (no caso, o XIV do tempo comum)”.
O sacerdote prossegue citando o Magistério da Igreja:
“Assim nos garante a carta apostólica Dies Domini, do Papa João Paulo II, de 1998:
‘Uma vez que a participação na Missa é uma obrigação dos fiéis, a não ser que tenham um impedimento grave, impõe-se aos Pastores o relativo dever de oferecer a todos a possibilidade efetiva de satisfazer o preceito. Nesta linha, se colocam certas disposições do direito eclesiástico, como, por exemplo, a faculdade que o sacerdote, após autorização prévia do Bispo diocesano, tem de celebrar mais de uma Missa ao Domingo e dias festivos, a instituição das Missas vespertinas, e ainda a indicação de que o tempo útil para o cumprimento do preceito começa já na tarde de sábado em coincidência com as primeiras Vésperas do domingo. Do ponto de vista litúrgico, o dia festivo tem efetivamente início com as referidas Vésperas. Consequentemente, a liturgia da Missa, designada às vezes «pré-festiva», mas que realmente é «festiva» para todos os efeitos, é a do domingo, tendo o celebrante a obrigação de fazer a homilia e de rezar com os fiéis a oração universal’ (49).
Sendo a Eucaristia o verdadeiro coração do domingo, compreende-se por que razão, desde os primeiros séculos, os Pastores não cessaram de recordar aos seus fiéis a necessidade de participarem na assembleia litúrgica. Mas claro que só isso não basta para ‘santificar’ o domingo, embora a participação litúrgica seja essencial:
‘Na verdade — ainda segundo o documento —, o dia do Senhor é bem vivido se todo ele estiver marcado pela lembrança agradecida e efetiva das obras de Deus. Ora, isto obriga cada um dos discípulos de Cristo a conferir, também aos outros momentos do dia passados fora do contexto litúrgico — vida de família, relações sociais, horas de diversão —, um estilo tal que ajude a fazer transparecer a paz e a alegria do Ressuscitado no tecido ordinário da vida. Por exemplo, o encontro mais tranquilo dos pais e dos filhos pode dar ocasião não só para se abrirem à escuta recíproca, mas também para viverem juntos algum momento de formação e de maior recolhimento’ (52).
Portanto, é de suma importância que cada fiel se convença de que não pode viver a sua fé, na plena participação da vida da comunidade cristã, sem tomar parte regularmente na assembleia eucarística dominical”.
FONTE: ALETEIA
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