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Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias”. Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo”. Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”. (Mt 17, 1-9)
Na Festa da Transfiguração do Senhor celebramos, com esperança e alegria antecipada, aquilo que estamos chamados a ser depois da ressurreição. Unidos novamente a nossos corpos, glorificados e espiritualizados, seremos no céu humanidade divinizada, participantes da natureza divina (cf. 2Pd 1, 4) não só pela graça, mas pela glória, da qual ela é já nesta vida semente e princípio.
Deixando transparecer o esplendor de sua divindade, Cristo transfigurado faz Pedro, Tiago e João experimentarem um misto inexprimível de sensações: medo, estupor, perplexidade e, mais do que tudo, profunda alegria: “Senhor, é bom estarmos aqui” (Mt 17, 4), diz com costumada ousadia o príncipe dos Apóstolos.
O rosto luminoso de Cristo nos indica hoje a transformação que Ele quer operar em nós: sem nos fazer perder nossa humanidade, Ele quer comunicar-nos, pela participação de sua graça, sua própria condição divina, para que sejamos como deuses (cf. Jo 10, 34; Sl 81, 6).
Essa transformação, que se cumprirá plenamente no céu, tem início já neste mundo quando, pelo Batismo, somos sepultados com Cristo (cf. Rm 6, 4) e com Ele ressurgimos para uma condição nova, feitos agora filhos adotivos do Pai. É nos santos, de modo particular, que vemos essa transfiguração de que o Senhor nos quer fazer partícipes: neles, o Espírito Santo age de tal modo através de seus dons que os atos heroicos de amor, fortaleza e entrega que a história lhes atribui já não são apenas humanos, mas radicalmente divinos.
Que também nós, sendo fiéis à graça e em tudo procurando ser santos para maior glória de Deus, possamos um dia ver realizada em nossos corpos e almas a transfiguração que hoje contemplamos no rosto adorável de Cristo.
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