ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Quando somos fracos na fé e desistimos dos nossos objetivos nos fechando em nosso mundinho, não é o Espírito Santo que está do nosso lado, porque Ele nos concede o Dom da Fortaleza nos proporcionando coragem, foco e disposição para caminhar. Com este Dom vencemos os medos, as síndromes e depressão causada pela pandemia, o desemprego, a violência e o tráfico em nossos morros. Com este Dom, somos capazes de sermos fiéis à vida cristã neste mundo da relatividade, da mundanidade, do consumismo e do tudo pode em nome do prazer, do poder e do ter.
Quando nós nos fechamos em nossas ideias e conceitos e não nos abrimos para a vontade da Boa Nova, não é o Espírito Santo, por que Ele nos concede o Dom da Sabedoria que nos adentra na mensagem revelada no Santo Evangelho e nos ajuda a compreender melhor a nossa fé e os acontecimentos da vida que, segundo o santo Carmelita, São Tito Brandsma, nos faz “ver o mundo com Deus no fundo”.
Quando negamos a ação do Espírito Santo na vida dos cientistas no combate a pandemia do novo coronavírus, seja através de uma crítica ou mesmo do nosso não à vacina, não é o Espírito Santo que está conosco, por que Ele nos concede o Dom da Ciência, e com este podemos aprimorar a nossa inteligência para crescermos na devesa da vida e da nossa própria fé, afinal, fomos criados para Deus e, segundo Santo Agostinho, “Só N`Ele podemos descansar”.
Quando somos motivos de divisão, seja por questões religiosa, política ou social e fugimos da missão de conselheiros na família, não é o Espírito Santo que está conosco, por que Ele nos deu o Dom do Conselho, com este Dom, somos capazes de sair de cima do muro por que “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora […]” (Ecl 3, 1-8). Ou seja, é o Espírito Santo que vai nos inspirará a dizer sim ou não na hora certa.
Quando desprezamos o nosso próximo porque é analfabeto e por não ter tido as mesmas oportunidades que nós- seja de frequentar ou boa Escola ou faculdade- não é o Espírito Santo, por que Ele nos concede o Dom do entendimento para compreender as verdades reveladas por Deus. Esse dom, Santa Teresinha do Menino Jesus, Carmelita, e tantos homens e mulheres que- sem o conhecimento da cátedra- receberam. Por esse Dom, podemos visualizar e ter consciência do nosso pecado e da ausência de Deus em nosso caminhar.
Quando nós nos fechamos em nossas devoções- muitas vezes alienadas e descomprometidas com a vida, não é o Espírito Santo, porque Ele nos concede o Dom da Piedade para vivermos uma relação comprometida e amorosa com Deus e com o próximo a partir do Evangelho. Piedade autêntica e verdadeira não é fanatismo ou desprezo dos documentos oficiais da Igreja, mas união com o magistério porque “Os fiéis, lembrando-se da palavra de Cristo aos Apóstolos: ‘Quem vos escuta escuta-me a Mim’ (Lc 10,16), recebem com docilidade os ensinamentos e as diretrizes que os seus pastores lhes dão, sob diferentes formas”. Sim, é preciso – sob pena de se criarem cismas ou “magistérios” paralelos – dar, sob o grau de assentimento que os pronunciamentos do Papa e dos Bispos o exijam, adesão aos seus ensinamentos e orientações; do contrário, podem recusar a voz do Pastor para seguir a um ladrão ou mercenário que, evidentemente, não é pastor (Jo 10,11-16). Afinal, quem diz: “Não siga o Magistério da Igreja”, de modo indireto ou até inconsciente, afirma: “Sigam a mim e às minhas doutrinas”. Eis o grave perigo! (Catecismo da Igreja).
Quando defendemos políticas assassinas contra a vida- seja o porte de armas, a volta da Ditadura militar, o aborto ou ameaçamos o sistema democrático do país- não é o Espirito Santo que está do nosso lado, por que Ele nos concede o Dom do Temor para amá-lo de todo o coração e, amar a Deus é essencialmente amar o nosso próximo que padece vítima de diversos políticos que se dizem cristãos, mas na verdade- diante de suas atitudes e projetos de governo- não temem, não amam e não respeitam o nosso Bom Deus. Portanto, o Dom do Temor é saber reverenciar, respeitar e reconhecer Deus em nosso caminhar enquanto Senhor da nossa Existência. Somente Ele é nosso tudo!
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Fonte: Olhar Jornalístico
Comments0