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Neste dia 25 de julho, o Prior Provincial, Frei Adailson dos Santos, O.Carm, presidiu a missa de abertura do Capítulo do Mosteiro Flos Carmeli, em Jaboticabal (SP).
“Rezemos por este momento tão importante, rezemos por cada uma das monjas para que o Espírito Santo continue sempre as conduzindo nesta vida consagrada, na vida monástica”, disse o Prior.
O Papa Francisco na Constituição Apostólica “Vultum Dei quaerere” fala sobre a vida contemplativa e diz que “a vida contemplativa feminina representou sempre, na Igreja e para a Igreja, o coração orante, guardião de gratuidade e rica fecundidade apostólica e foi testemunha visível de misteriosa e multiforme santidade.”
Confira um trecho deste documento a vida monástica:
“Partindo da primitiva experiência individual das virgens consagradas a Cristo, desabrochada como fruto espontâneo da exigência duma resposta de amor ao amor de Cristo-Esposo, rapidamente se passou a um estado definido e a uma ordem reconhecida pela Igreja, que começou a receber a profissão de virgindade emitida publicamente. Com o passar dos séculos, a maior parte das virgens consagradas acabou por reunir-se, criando formas de vida cenobítica que a Igreja, na sua solicitude, teve o cuidado de preservar com uma disciplina adequada, na base da qual se previa a clausura como salvaguarda do espírito e da finalidade decididamente contemplativa que estes cenóbios se propunham. Assim no decorrer do tempo, através da sinergia entre a ação do Espírito – que age no coração dos crentes e sempre suscita novas formas de discipulado – e o cuidado materno e solícito da Igreja, modelaram-se as formas de vida contemplativa e integralmente contemplativa, tal como as conhecemos hoje. Enquanto no Ocidente o espírito contemplativo se concretizou numa multiplicidade de carismas, no Oriente manteve uma grande unidade, dando sempre e em todo o caso testemunho da riqueza e beleza duma vida inteiramente dedicada a Deus.
Ao longo dos séculos, a experiência destas irmãs, centrada no Senhor como primeiro e único amor (cf. Os 2, 21-25), gerou abundantes frutos de santidade e missão. Quanta eficácia apostólica se irradia dos mosteiros através da oração e da imolação! Quanta alegria e profecia grita ao mundo o silêncio dos claustros!
Pelos frutos de santidade e graça que o Senhor sempre suscitou através da vida monástica feminina, erguemos ao «altíssimo, omnipotente e bom Senhor» o hino de agradecimento «Louvado sejais»
Sem vós, queridas irmãs contemplativas, que seria da Igreja e de quantos vivem nas periferias humanas e trabalham nos postos avançados da evangelização? A Igreja olha com muito apreço a vossa vida inteiramente doada. A Igreja conta com a vossa oração e imolação para levar aos homens e mulheres do nosso tempo a boa notícia do Evangelho. A Igreja precisa de vós!
Não é fácil que este mundo – pelo menos a grande parte dele que obedece a lógicas de poder, riqueza e consumo – compreenda a vossa vocação especial e a vossa missão escondida, e contudo tem uma necessidade imensa dela. Como o marinheiro no mar alto precisa do farol que indique a rota para chegar ao porto, assim o mundo tem necessidade de vós. Sede faróis para os que estão perto e sobretudo para os afastados. Sede tochas que acompanham o caminho dos homens e mulheres na noite escura do tempo. Sede sentinelas da manhã (cf. Is 21, 11-12) que anunciam o nascer do sol (cf. Lc 1, 78). Com a vossa vida transfigurada e com palavras simples ruminadas no silêncio, indicai-nos Aquele que é caminho, verdade e vida (cf. Jo 14, 6), o único Senhor que oferece plenitude à nossa existência e dá vida em abundância (cf. Jo 10, 10). Gritai-nos como André a Simão: «Encontramos o Messias» (cf. Jo 1, 40); anunciai, como Maria de Magdala na manhã da ressurreição: «Vi o Senhor!» (Jo 20, 18). Mantende viva a profecia da vossa existência doada. Não tenhais medo de viver a alegria da vida evangélica segundo o vosso carisma.”
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