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“DEUS VIU QUE TUDO ERA MUITO BOM…” (Gn 1, 31)
Outubro é o Mês das Missões, quando se intensificam as iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro, este ano dia 23.
“Cuidar da Casa Comum é nossa missão”. Este é o tema escolhido para a Campanha Missionária em 2016. O lema é extraído da narrativa da criação no livro do Gênesis: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31). O projeto do Criador é maravilho, mas encontra-se ameaçado! A preocupação pela ecologia parte de dois gritos: o grito dos pobres que mais sofrem, e o grito da Terra que geme pela exploração. A temática retoma a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano e amplia a missão de cuidar da vida em todo o planeta.
Em sua Encíclica Laudato si’, o Papa Francisco lembra que “a existência humana se baseia sobre três relações intimamente ligadas: as relações com Deus, com o próximo e com a terra” (LS 66). E lança uma pergunta: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem nos suceder, às crianças que estão crescendo?” (LS 160).
Essa questão é fundamental e, segundo o papa, “não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, pois a questão não pode ser colocada de forma fragmentária”. A pergunta toca sobretudo o sentido da existência e seus valores: “Com que finalidade passamos por este mundo? Para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta Terra?” (LS 160). “É bom, para a humanidade e para o mundo, que nós crentes conheçamos melhor os compromissos ecológicos que brotam das nossas convicções” (LS 64).
Nossa fé em Deus Criador deveria provocar transformações nesse sistema de produção, consumo e especulação que domina e explora o mundo. Usam-se bens fósseis como o petróleo, o gás e o carvão sem levar em conta os impactos ambientais e sociais. Entre as mudanças é urgente produzir energia com fontes mais limpas como o sol e o vento, recriar florestas para zerar o desmatamento, além de cultivar a terra com agroecologia diferente do agronegócio que contamina os alimentos, o solo e as águas. Na verdade, o que precisamos é uma conversão ecológica, uma mudança de estilo de vida, um dinamismo capaz de pressionar poderes e governos a mudarem de rumo.
Em nossa Casa Comum, tudo está interligado, unido por laços invisíveis, como uma única família universal. E nós recebemos de Deus a missão de cuidar dessas relações. Isso tem a ver com a missão da Igreja. Com esta Campanha Missionária queremos fazer do cuidado do planeta a nossa missão até os confins do mundo.
A cooperação missionária
A missão é de Deus na qual somos chamados a cooperar. O Mês Missionário tem sua origem no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro, este ano, dia 23). A data foi instituída pelo papa Pio XI em 1926, como um Dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. O objetivo é incentivar, nas Igrejas locais, a cooperação missionária. São apenas alguns os missionários e missionárias que partem. Porém, toda a comunidade tem o dever de participar ativamente na missão universal. Essa cooperação se realiza de três formas: 1) pela oração, sacrifício e testemunho de vida; 2) por meio da ajuda material aos projetos missionários; e principalmente, 3) colocando-se à disposição para servir na missão ad gentes. As missões precisam de missionários e missionárias.
Por Pe. Jaime Carlos Patias, IMC, secretário nacional da Pontifícia União Missionária.
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