ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
www.bispado.org.br
Na vida, a virtude da compaixão deve ser sempre acionada. É expressão de sentimento diante das dificuldades enfrentadas por muitos. O espírito de solidariedade é próprio da reação do coração sensível e aberto para ajudar os necessitados.
Há quem vive situações de total abandono e sem proteção. Faltam-lhe os recursos necessários para sobrevivência, podendo até cair no desespero e atitudes de agressão para defender a vida. É uma via de morte que acompanha o trajeto dos improvidos.
As atitudes de ternura e compaixão são o mínimo que devem acontecer. Não é fácil acolher quem é desproporcional, se todos deveriam ter as condições de vida digna. Entendemos que alguma coisa está errada. Nascemos para viver bem.
Mais do que compaixão, o Brasil apresenta sinais fortes de vida, mas vive afogado na prática da morte. São muitas as realidades contra a vida. É uma prática viciada de violência, de impunidade e de uma política que não liberta. Não enxerga o bem comum como prioridade.
As eleições têm sempre ares de esperança. Alguém precisa inaugurar um tempo novo, capaz de compaixão para salvar a nação do afunilamento no vício destruidor de seu povo. Alguém que seja capaz de identificar o clamor dos desesperados.
Não há vontade política sem uma ampla e efetiva reforma política. O vício do individualismo tomou conta de tudo e os políticos, em geral, não conseguem olhar além de seus próprios interesses. Não conseguem medir o rombo que afeta a dignidade das pessoas.
Alguém precisa devolver a vida e a esperança para o povo. Só é capaz de fazer isto quem for pessoa de Deus, quem se identifica com o projeto de vida, conforme a palavra bíblica: “Agora vejo que és um homem de Deus e que a palavra do Senhor em tua boca é verdade” (I Reis 17, 24).
O Brasil é país de um povo solidário, mas capaz também de jogar fardos pesados sobre os outros. Basta ver o absurdo dos impostos que todos pagam. Isto favorece atitudes de desonestidade, de sonegação e de caixa dois. Não é este o país que queremos.
Comments0