ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Abraão é um personagem central na compreensão da aliança de Deus com a humanidade. Não se pode ler nada na Bíblia, sem que o seu perfil se desenhe no horizonte. Não pelo poder que teve nem por façanhas que praticou, mas simplesmente porque acreditou.
A fé de Abraão anima toda a Bíblia. Ao lermos a sua história, no livro do Gênesis a partir do capítulo 12 vemos que sua grandeza vem do fato de que foi fiel ao chamado de Deus, que fez com ele uma aliança. Foi esta fidelidade à aliança proposta por Deus que o tornou um elo decisivo na história da salvação, um justo, pai de uma multidão inumerável de fiéis e patriarca do povo em que veio a nascer o Salvador.
Abrão estava bem instalado em Ur. na Mesopotâmia, quando ouviu de Deus que deveria deixar sua terra e partir, para cumprir uma grande missão.
Apesar dos 75 anos, Abrão topou. Acreditou. O gesto de Abrão se repetirá através da história da salvação. Se o homem não souber deixar as comodidades da vida, a busca exclusiva do que parece útil ou lhe pode trazer vantagem imediata, não será jamais fiel à aliança. Quem não crê e se agarra às seguranças ilusórias da vida, ao conforto e ao poder, não fará nunca nada de grande. A gente custa a compreender que não é Deus que entra na nossa vida, mas nós é que precisamos sair dela, convertermo-nos, para ir ao seu encontro, como Abrão teve de deixar família, bens e sua própria pátria para acolher o chamado de Deus e com ele fazer aliança.
Aí pêlos anos de l600 antes de Cristo, Abrão, já na terra de Canaã, precisou defender seu sobrinho Ló, que estava com todos seus familiares e bens sob os domínios de um vizinho.
Abrão libertou-os e a seus bens, mas se recusou a ficar com as riquezas do adversário vencido ou escravizá-lo, como era de praxe. Fez, vitorioso, um acordo de paz com os outros reis da região. A Bíblia menciona especialmente o misterioso Melquisedec, que significa meu rei é justiça, senhor de Salem, que significa paz. Melquisedec traz pão e vinho, como sacerdote do Deus Altíssimo, e abençoa Abrão, cuja vida se resume em justiça e paz.
como de todo homem que crê. A aliança comporta sempre uma exigência de justiça e de paz. Não há outro caminho para alcançá-la.
Como sinal da aliança que faz com Abrão, fiel e justo, Deus lhe promete então um filho e, através dele, uma posteridade numerosa, mudando-lhe o nome: “De hoje em diante te chamarás Abraão”. A mulher de Abraão já havia passado da idade, mas ele acredita. A esterilidade nunca foi um obstáculo na realização do desígnio de Deus. Como nossos obstáculos e nossos limites que, se aceitos na fé, são convertidos em ocasiões de louvor a Deus e de reconhecimento de sua justiça.
A história de Abraão prossegue, marcada ainda por dois grandes acontecimentos.
Abraão ora pêlos pecadores de Sodoma e Gomorra. e consegue salvar o sobrinho na destruição das cidades. Teria salvo a todos, se houvessem ao menos dez justos na região! A oração da fé, unida à justiça, é fonte de salvação para todos.
Mas o grande acontecimento da vida de Abraão se dá quando Deus lhe faz o mais terrível pedido: sacrificar-lhe o próprio filho. O sacrifício de Isaac é um dos pontos culminantes da Bíblia, voltaremos a falar dele no próximo número.
Ninguém pode ter a pretensão de ser como Abraão, mas todos podemos admirar seu testemunho e colocar a fidelidade ao chamado de Deus e a busca da justiça acima de tudo, em nossa vida.
Fonte: Catequisar
Comments0