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A vida de Moisés é contada em uma das histórias mais emocionantes da Bíblia. Os hebreus tinham se tornado escravos do faraó e viviam na esperança de um libertador, para que se cumprisse a promessa divina, feita aos patriarcas.
O Egito era um país rico. Primeiro Mundo, na época. A classe dominante, escravizando os imigrantes, podia construir para si monumentos maravilhosos, que até hoje subsistem, como as pirâmides.
Os hebreus eram numerosos, mas pobres, como, por exemplo, os negros, no Brasil, os latino-americanos, nos Estados Unidos, ou os imigrantes, na Europa.
Uma coisa, porém, os unia: a fé e a certeza de que Deus não faltaria à sua promessa de torná-los um povo numeroso como as areias do deserto e como as estrelas do céu.
Apesar de escravizados, sua fé os mantinha de pé, orgulhosos de sua raça. Sua esperança os fazia olhar até com certo desprezo para o esbanjamento dos poderosos que os dominavam.
E os hebreus, embora dominados, eram temidos. Os egípcios falavam então do perigo hebreu, como hoje os europeus falam da ameaça dos imigrantes.
O faraó fizera uma lei, mandando que todas as parteiras sufocassem os meninos hebreus recém-nascidos e só deixassem crescer as meninas, para acabar com a raça.
Nessa ocasião, uma hebréia teve um filho. Não podia obedecer à lei injusta do faraó, que o destinava à morte. Colocou-o, então, numa cesta, que foi pôr no rio, logo acima do lugar em que tomava banho a filha do faraó. A criança foi descoberta e salva. A princesa até acabou contratando a hebréia desconhecida para amamentá-la, sem saber que era a própria mãe do bebê.
Foi assim que Moisés não só se salvou das águas, como pôde ser educado na corte do faraó, aprendendo todos os truques da classe dominante para se manter no poder e tirar o maior proveito possível do trabalho das multidões empobrecidas. De muito proveito seria, para Moisés, essa educação política.
Um dia, já moço, Moisés saiu à rua e viu um policial batendo num hebreu. O sangue lhe subiu à cabeça. Com golpe certeiro, matou o policial agressor. Mas depois teve medo, pois havia tomado a defesa de um hebreu e seria, certamente, acusado de ser também hebreu. Precisou fugir.
Não se sabe quantos anos Moisés ficou no deserto, como exilado. A Bíblia diz que se passou muito tempo. Moisés foi viver entre os midianitas, parentes dos hebreus. Então se casou e levava a vida dos beduínos, como pastor de ovelhas.
Depois da morte do faraó, a situação dos hebreus no Egito ainda piorou. Foi então que um dia, perto do monte Horeb, Moisés se surpreendeu com um arbusto que estava em chamas, sem se queimar. Aproximou-se para ver, e ouviu uma voz dizendo que se descalçasse, em sinal de respeito. A sarça ardente era uma manifestação de Deus. O clamor dos oprimidos fora ouvido. Deus incumbiu Moisés de libertar seu povo.
– Como poderia enfrentar o faraó? – objetou Moisés.
– Eu estou contigo – respondeu Deus.
– Mas qual é teu nome? -continuou Moisés.
– Sou aquele que é: Javé. Tudo depende de mim. Sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó.Vou cumprir minha promessa. Este será o sinal: você virá com o povo me prestar culto diante dessa montanha.
Deus é quem liberta, mas o povo precisa também se libertar. Moisés luta para conseguir que o povo tome juízo, se conscientize e se levante contra o faraó. Só assim poderá sair da escravidão e terá coragem de enfrentar o desafio do deserto, para construir uma nova nação, sob a proteção de Deus.
A grande aventura da libertação está para começar.
Fonte: Catequisar
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