ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Nesta mudança de época, as pessoas vivem cada vez mais ansiosas por causa das inúmeras solicitações consumistas, inseguranças e preocupações. Até mesmo o tempo de férias não escapa disso. Ora, muito tem a ver com a maneira pela qual administramos nossa vida, nossos trabalhos, nosso tempo… É justo o esforço em busca de condições para uma vida digna. Porém, quantas coisas supérfluas nos amarram e nos impedem de ser verdadeiramente livres! Afinal, que frutos colhemos com a busca desenfreada de coisas, prazeres ou prestígio?
O Evangelho deste domingo nos adverte de que não podemos servir a dois senhores. Jesus ensina a contemplar a natureza. “Olhai as aves do céu… Olhai os lírios do campo” (Mt 6,26). Relaciona as aves do céu com o trabalho do homem que cultiva a terra, semeia e colhe os frutos para alimentar a família. Relaciona os lírios do campo com o trabalho da mulher que tece a roupa para vestir a todos. O alimento e a veste representam as necessidades básicas para a vida e proteção. “Vosso Pai, que está nos Céus, sabe que precisais de tudo isso. Mas, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6, 33).
Jesus insiste na inutilidade da preocupação obsessiva com as próprias necessidades, mas não é indiferente diante das necessidades primárias dos outros. Insiste que a busca do Reino de Deus é exatamente o empenho por um mundo justo e fraterno, que assegure a satisfação das necessidades de todas as pessoas. Quem coloca Deus em primeiro lugar, não adora o dinheiro. Sabe que este é necessário, mas o administra com honestidade, justiça e solidariedade. Tem certeza que Deus cuida com carinho de todas as suas criaturas.
Portanto, esta proposta de Jesus pede confiança e abandono nas mãos de Deus, a quem servimos com amor e por quem nos sentimos amados. Esta confiança em Deus não é alienante, porque exige coerência e responsabilidade em nossos trabalhos e não nos permite fugir do compromisso cristão no mundo.
Quando o povo de Israel no exílio se queixa do abandono de Deus, Ele se revela como a “Mãe” que não se esquece: “Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, Eu, porém, não me esquecerei de ti” (Is 49,15).
A Quaresma e a Campanha da Fraternidade (“Fraternidade e Tráfico Humano”), que iniciamos na próxima Quarta-feira de Cinzas, nos convidam a viver a confiança em Deus. Ele cuida de nós!
Comments0