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“Deus é um espírito perfeitíssimo, criador do céu e da terra”. Ele é Senhor e Pai. Amigo e Companheiro. Deus é um espírito. É difícil entender e explicar o que é um espírito porque, o conhecimento que adquirimos penetra na inteligência através dos sentidos, e estes são impotentes para apreender uma natureza espiritual.
Digamos, então, que o espírito é desprovido de forma, peso, cor, etc… Pode-se compará-lo como o ar que respiramos – que não vemos, praticamente não sentimos, mas nos envolve e sustenta nossa vida.
No entanto, a inteligência não conhece apenas o que os sentidos experimentam. Dos sentidos a inteligência recebe suas primeiras noções. Mas a inteligência tendo uma natureza espiritual, não se contenta com dados imediatos que os sentidos lhe oferecem. Orientada para o absoluto, desejosa de ultrapassar as aparências, necessita de ir mais longe e de fato o consegue.
Em outras palavras, podemos dizer por exemplo: na sala de aula o aluno ouve (pela audição – sentido) e entende (pela inteligência – espiritual). Pelo que uma pessoa faz, se vê a sua inteligência (espiritual, invisível) A inteligência é própria dos seres que possuem um espírito.
Deus é perfeitíssimo. Pela obra se conhece o artista. Por uma flor desenhada em um quadro, julga-se o pintor. Quando melhor pudermos observá-la – com os olhos do artista, botânico, médico, arquiteto… Mais longe chegaremos. E o conhecimento da flor não será esgotado. “O que há de invisível em Deus, torna-se visível pelas coisas criadas”. (Rm 1, 20) Para que entendamos melhor, leiamos no Livro da Sabedoria (Bíblia), capitulo 13.
Examinando a flor, estudando, pensando, conclui-se que ela não pode se obra do acaso e que seu autor é inteligentíssimo, sapientíssimo, poderosíssimo, perfeitíssimo,… Por ser perfeitíssimo, Deus é imutável, pois só muda quem tem alguma perfeição a adquirir. Por sua imutabilidade, Ele é eterno, pois no que é imutável, não há sucessão, não existe começo nem fim.
O tempo é feito de momentos sucessivos: passado, presente e futuro; e a eternidade é um presente perpétuo. “Deus é”. É presente em toda parte, em toda época. Pela sua inteligência, sabedoria, bondade – perfeição – Ele é presente em tudo.
Somos feitos à sua imagem e semelhança. Somos seus filhos. Exemplo: conhecendo a história, somos capazes de nos transportar à idade média , e lá estaremos presentes pelo conhecimento. Como também podemos estar pela inteligência e pelo amor. Assim Deus, infinitamente sábio, infinitamente bom, está presente em toda a parte e em todos os tempos. Por essas qualidades, Ele é presente e mais ainda, Ele é presente, por ser fora e acima do tempo.
Temos de Ter consciência da presença de Deus. Evitamos fazer coisas erradas na frente de pessoas que nos inspiram respeito. Mas estamos sempre diante de Deus. Ele nos vê sempre. Penetra até em nossos pensamentos. Nunca estamos sós. Mas Deus não é um vigia e sim o Pai amoroso, o bom companheiro que zela por nós, acompanhando-nos e sustentando-nos. Deus é uma presença de amor.
Porém, somos atacados por doenças, aborrecimentos, etc. Mesmos quando fazemos o bem, podemos ser vítimas de contrariedades. Pois Deus permite que o mal haja, devido ao livre arbítrio que é dado a todos nós (liberdade de escolhermos fazer a vontade de Deus ou não). É necessário sabermos que somos influenciados a fazer o mal, por causa das tentações impostas a nós pelo demônio, mas quem decide fazer ou não fazer o mal somos nós. Somos livres para escolher. E se somos livres, também somos responsáveis pelas conseqüências de nossas escolhas.
Com a experiência cedo ou tarde a maioria de nós descobrirá, que se nos enveredarmos pelo caminho do mal a nossa recompensa será a dor, o sofrimento e a morte. Mas se tomarmos o caminho do Bem e nos esforçarmos para seguir cada vez com mais eficiência o Bem, nossa recompensa será a alegria, a felicidade e a Vida Eterna. (Bem = ser fiel aos preceitos de Deus).
Tudo que existe foi, criado por Deus. Ele é o Criador que, por sua Perfeição, não pode Ter sido criado. Logicamente, Ele tem de ser o primeiro, desde sempre. Ele é o Criador – e tudo o mais é criatura. O homem constrói viadutos, instrumentos, carros, etc. Mas constrói tudo, utilizando elementos já existentes. Porém, só Deus tira coisas do nada, isto é, só Ele é o Criador. O Único ser necessário é Deus, Deus que se basta a si mesmo, que em si mesmo se completa e se satisfaz inteiramente, por se perfeito.
Toda criação é uma autêntica projeção da beleza e do amor de Deus. Porém a presença de Deus na criação não é panteísta (Deus é todas as coisas). Deus esta presente na criação, como o artista em sua obra – Independente dela – cabendo-nos descobri-LO, senti-LO, amá-LO, na maravilha de Sua generosidade, no esplendor de Sua Grandeza. Tudo pertence a Deus, tudo reflete Sua beleza e perfeição. Contemplar a natureza, é uma forma de rezar, de se pacificar, purificar, enfim unir-se ao Criador.
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