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Adão e Eva
A primeira promessa de um Salvador foi feita, ainda no Paraíso, logo após o pecado original. Passaram, então, os homens a viver na Esperança. E, por causa de nossa fragilidade, aquela Promessa foi diversas vezes renovada.
Abraão
Foi, por Deus, escolhido como chefe do povo de Israel. Por ordem divina, deixou Ur, na Caldéia, onde nascera e, obedecendo, partiu para um país que lhe era desconhecido (Canaã). E o Senhor apareceu a Abraão, e disse-lhe: “Eu darei esta terra aos teus descendentes” (Gn 12). E, ainda: “Toda a terra que vês, eu darei para sempre a ti e à tua posteridade” (Gn 13).
E Abraão, já velho, não tinha filhos e sua mulher era estéril. Contudo, acreditava. E esperava. Por isso, não esperou em vão. Foi pai de Isaac. Provado, “como ouro no fogo”, teve a ordem de sacrificar o filho, a razão de sua vida. E, obedeceu. Sem perder a fé, sem perder a esperança.
E, uma vez mais, o Senhor lhe disse:
“Porque não me recusaste o sacrifício de teu filho único, Eu te abençoarei, dar-te-ei uma posteridade numerosa como as estrelas do céu e a areia do mar. E na tua descêndencia serão benditas todas as nações da terra, porque obedeceste à minha voz” (Gn 22).
Isaac
Também casado com mulher estéril (Rebeca), foi pai de dois filhos (Esaú e Jacó). Deus confirmou-lhe a mesma promessa: “… na tua geração serão abençoadas todas as nações da terra, porque Abraão obedeceu à minha voz” (Gn 26).
Jacó
Filho de Isaac. Ao fugir, evitando a vingança de Esaú, por ter recebido, em seu lugar, a bênção paterna, viu, em sonho, uma escada elevar-se até o céu, pela qual anjos subiam e desciam. No cimo estava o Pai Eterno, que lhe disse:
“Todas as nações serão abençoadas naquele que há de nascer de ti” (Gn 28).
Mais tarde, depois de misteriosa luta com um anjo, Jacó passou a chamar-se Israel e, daí em diante, um povo inteiro adotou o seu nome. E a este povo – de Israel – foram sempre renovadas aquelas promessas – promessas de Salvação.
Fazendo-se uma comparação entre o Antigo e o Novo Testamento, leia-se o capítulo 1, do Evangelho de S. Mateus: “Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó (….) O Rei Davi gerou Salomão (…) Matan gerou Jacó. E Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo”.
Observe-se o “da qual”. Jesus é filho de Maria Virgem e filho de Deus, o que não impede seja considerado um descendente de Abraão, Isaac e Jacó, pois Maria, como José (o pai adotivo) o eram. Do mesmo modo, Jesus é chamado, algumas vezes, no Evangelho como “Filho de Davi”.
É importante frisar: Jesus, o Salvador prometido, é filho de Maria Virgem. De Maria Virgem, antes, durante e depois do parto. É um mistério belíssimo. Maria, é o “farol dos navegantes” que a Ele nos conduz.
Maria,
“Vaso de eleição”, em que a plenitude de Deus se esconde;
Taça cristalina de onde a graça de Deus transborda;
“Torre de Marfim”, inatingível em sua pureza; “Rosa Mística”, inigualável em seu esplendor.
Mãe virginal, Virgem maternal, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém.
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