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Catequistas e leitores, estamos vivendo neste momento o mês das mães e de Maria, a Mãe de Deus. Para celebrar essa data e exaltar a Virgem Santíssima, a equipe de conteúdo da revista Sou Catequista resgata o texto de Lucimara Trevizan, que apresenta Maria a todos nós como modelo de fé. Leia:
Não pensemos que para Maria tudo estava claro desde o início. Não. Ela vivia sua entrega a Deus na fé. Só depois da ressurreição de Jesus, ela viu com clareza o mistério em que estava envolvida. A vocação de Maria é um dom de resposta ao Senhor. Toda sua vida se expressa nesta frase: “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua Vontade”.
Maria é aquela que meditava e guardava a Palavra de Deus no coração e a vivia (Lc 11,27-28; Lc 8,19-21). Aos poucos ela vai entendendo a difícil missão de seu Filho (Lc 2,33-40). Como mulher de fé, guarda tudo e medita em seu coração (Lc 2,19.51). A influência de uma mãe é inegável no homem. Toda a grandeza de Jesus é também um reflexo da grandeza daquela que o formou.
Ser fiel é fazer-se discípulo de Jesus. É o que acontece com Maria na vida pública do Filho. Ela o acompanha, convertendo-se a Ele. É um verdadeiro itinerário de fé de Maria acompanhando a vida do Filho. A vida para Maria foi um desafio: ela devia renovar, cada dia, seu compromisso com Deus. Estava sujeita, como nós, a desviar da rota. Maria foi constantemente provocada pelas palavras e atitudes de Jesus, que eram tão diferentes das pessoas do seu tempo. À medida que Jesus diz ou faz algo novo, Maria se sente chamada a dar mais um passo na fé.
Talvez o mais duro desafio que Maria enfrentou em confronto com Jesus, foi a posição de liberdade que ele tomou em relação à família. Certamente não deve ter sido fácil para ela renunciar aos privilégios de mãe, perder o controle sobre Jesus, não tê-lo dentro de casa. Jesus não pertence mais à sua família. Sua atitude é como uma espada cortante. Contudo, Maria aceita o desafio e corrige sua rota. Entra humildemente no grupo dos seguidores, dos aprendizes de Jesus. Aquela que educou Jesus na infância e juventude, agora está lá para aprender. Não tem lugar de destaque. Despojou-se de seu poder de mãe para se tornar discípula de Jesus.
Em Caná ela toma a iniciativa e se converte em colaboradora: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Essas palavras têm uma grande força simbólica: a perfeita discípula e seguidora de Jesus se torna mestra e guia dos cristãos! É como se hoje Maria continuasse a dizer aos cristãos: “vale a pena buscar a vontade de Jesus, ouvir suas palavras e tomar atitudes concretas!”
Na cruz ela acompanha o filho no momento mais dramático de sua missão. Maria está junto de Jesus não apenas como mãe sofrida e desesperada; ela representa, também, o pequeno grupo que perseverou, que não fugiu no momento da perseguição e da crucificação de Jesus. É a corajosa seguidora de Jesus, que permanece no seu amor (Jo 15,4.10). Junto com ela ficam algumas mulheres. O gesto de “permanecer de pé” significa persistência, constância e adesão. Em meio aos discípulos nós vamos encontrar Maria após a ressurreição (At 1,14).
Junto com Maria e as mulheres só fica um homem: o “discípulo amado”. Na Tradição cristã, se diz que ele é o jovem apóstolo e evangelista João. O discípulo amado testemunha o que Jesus fez e disse (cf. Jo 19,35;21,24). Ele também representa a comunidade cristã, o imenso grupo dos que seguem os passos de Jesus, e se tornam seus servidores e amigos. Caná e Cruz não aconteceram somente uma vez. Estão se realizando ainda. Nós somos hoje os discípulos amados de Jesus. O Pai nos dá o mesmo amor com o qual amou a Jesus (Jo 17,26). E nos presenteia Maria, mãe-educadora, para nos ajudar a viver nossa vocação cristã!
Maria, Mãe, desperta o coração do filho adormecido em cada ser humano. Leva-nos a desenvolver a vida do batismo pela qual nos tornamos filhos. Ao mesmo tempo, esse carisma materno faz crescer em nós a fraternidade e, assim, Maria faz com que a Igreja se sinta uma família.
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