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Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esse serviço podem tornar-se bons catequistas através da prática, da reflexão e da preparação adequada, na consciência de serem enviados e comprometidos com a educação da fé.
Ser catequista é viver uma vocação característica dentro da Igreja. Ela é uma realização da vocação batismal. Pelo batismo, todo cristão é mergulhado em Jesus Cristo, participante de sua missão profética: proclamar o Reino de Deus. Pela Crisma, o catequista é enviado para assumir sua missão de dar testemunho da Palavra com força e coragem.
O núcleo central de verdadeiro serviço catequético reside nessa tomada de consciência: ele sabe que é Igreja e que atua em nome da Igreja.
O catequista é enviado. Sua missão possui dois sentidos: o de enviado por Deus, constituído ministro da Palavra pelo poder do Espírito Santo, e o de enviado pela comunidade, pois é em nome dela que Ele fala. Integrado na comunidade, conhece bem sua história e suas aspirações. Sabe animar e coordenar a participação de todos. O sentido do envio é importante para a perseverança do catequista. Ser catequista significa um passo a mais na missão de testemunhar o próprio Cristo. É um ministério. Um serviço. Um chamado a uma missão.
A missão do catequista
O catequista tem a missão de anunciar Jesus Cristo pelo testemunho e pela palavra. Primeiro ele tem que viver aquilo que ensina, para depois falar da sua própria experiência. As palavras comovem. Os exemplos arrastam.
O catequista é um educador da fé, e deve ajudar as pessoas a descobrirem o dom de Deus colocado dentro delas propriamente pelo Pai. É missão do catequista levar seus catequizandos à inserção na comunidade. A ação pastoral do catequista orienta-se para um esforço no sentido de ajudar o catequizando a descobrir seu valor como pessoa, como Filho de Deus, amado e redimido por Jesus Cristo, engajando-se na comunidade Eclesial.
O catequista perfeito não existe. Porém, em seu processo de formação, no engajamento na comunidade, na prática do dia-a-dia, o catequista adquire aptidões, qualidades humanas, práticas metodológicas e pedagógicas. Aprofunda seus conhecimentos, sua espiritualidade, etc.
No processo de formação dos catequistas procura-se desenvolver os seguintes aspectos:
A dimensão pessoal:
• Equilíbrio psicológico, boa comunicação e certa liderança;
• Criatividade e iniciativa, capacidade de diálogo e de trabalho em equipe.
A dimensão Comunitária e Eclesial:
• Participação, engajamento e espírito de serviço;
• Solidariedade e amor preferencial pelos pobres;
• Disposição para progredir na educação da própria fé e espiritualidade (conversão continua, vida de oração e vida sacramental) e em sua formação como catequista (atualização constante).
A dimensão sociopolitica-cultural:
• Conhecimento da realidade brasileira, suas mudanças e transformações;
• Espírito crítico e de discernimento diante da realidade socio-política;
• Respeito pela dignidade e pela consciência de cada pessoa;
• Participação sociopolítica, cuidando para que a ação pastoral não seja utilizada em benefício de partidos e ideologias;
• Respeito às culturas e buscas de catequese inculturada.
A dimensão pastoral:
• Engajamento na ação pastoral da Igreja, caminhando como povo e fazendo a interação entre a vida e fé;
• Integração da catequese nas demais pastorais.
Consequências práticas
Na medida que se tem consciência do ser catequista aparecem frutos imediatos:
• Capacidade de perdoar;
• De se reconciliar;
• De entender os limites dos outros;
• De recompor a união, às vezes abalada por ofensas, agressividades, falta de caridade, deve ser uma virtude comum, aperfeiçoada pelo grupo de catequistas;
• Capacidade de fazer e aceitar a correção fraterna;
• Compor, retificar, endireitar estradas mal feitas exigindo renuncias, paciência, calma, equilíbrio emocional;
• Amizades desfeita sendo recomposta;
• O catequista vai sentindo que através de seu ministério continua o obra de Jesus
Cristo;
• O catequista na medida que vai descobrindo seu ser, sua vocação e missão, com certeza, através do seu testemunho e conversão, vai modificando também a sua comunidade. É um catequista que trabalha em nome e com a Igreja.
Escrito por Pe. André Biernaski
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