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2 de JANEIRO
9 DE JANEIRO
16 de janeiro
23 de janeiro
30 de janeiro
2 de JANEIRO
VISITA DOS MAGOS
Epifania do Senhor – 2 de janeiro de 2022
1ª LEITURA – ISAÍAS 60,1-6
“Apareceu sobre ti a glória do Senhor.”
A solenidade da Epifania do Senhor significa sua manifestação a todos os povos, antes envoltos em trevas e agora resplandecentes pela luz de Cristo. É a vitória da virtude sobre o erro, da libertação dos nossos vícios para uma vida nova.
Talvez nos lembremos de que na primeira leitura do segundo domingo do Advento meditávamos sobre a profecia de Baruc, que nos falava de Jerusalém arrasada por seus inimigos. Naquela ocasião, o profeta também revelava que a alegria tomaria conta da cidade quando seus cidadãos voltassem do cativeiro.
De modo parecido, nesta leitura Isaías prevê a glória da nova Jerusalém para a qual acorreriam povos de todas as partes do mundo: “Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso e publicando os louvores do Senhor” (v. 6).
Jerusalém representa nossa Igreja, para a qual acorrem todos os povos com seus respectivos idiomas, culturas e costumes. Pode haver desvios, erros e fracassos, mas sobre todos eles, e também sobre nós, continuará a brilhar o sol de Cristo ressuscitado pelo arrependimento de nossos pecados e a alegria de sermos todos seus filhos adotivos.
SALMO 71(72),1-2.7-8.10-13 (R. 11)
“As nações de toda a Terra hão de adorar-vos, ó Senhor!”
2ª LEITURA – EFÉSIOS 3,2-3A.5-6
“Agora foi-nos revelado que os pagãos são co-herdeiros das promessas.”
Nesta carta aos Efésios, São Paulo confirma a verdade sobre a qual acabamos de refletir: o sol de Cristo ilumina todos os povos, revelando-lhes que são todos filhos de um mesmo Pai e, portanto, irmãos.
Mesmo com línguas diferentes, costumes e tradição diversas, paira sobre todos a grande revelação: pertencem a uma só fraternidade que os aproxima e permite que se entendam entre si.
Referindo-se à situação da Igreja de Cristo em sua época, o apóstolo concluiu: “Os gentios são co-herdeiros conosco (que somos judeus), são membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Jesus Cristo pelo Evangelho” (v. 6), portanto, estão longe da vontade de Deus aqueles que buscam separar as pessoas, criar barreiras e divisões. Quer Ele também a união dentro de nossas famílias. Discórdias, brigas e ressentimentos devem ser vencidos com sua graça. Haja sempre, portanto, união de irmãos, mesmo com temperamentos diferentes e com gostos diversos dos nossos.
Seremos bem-aventurados se pedirmos constantemente a paz ao Senhor para nossos lares a fim de que derrube barreiras e reaproxime os desunidos.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MT 2,2)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.”
EVANGELHO – MATEUS 2,1-12
“Viemos do Oriente adorar o Rei.”
A comunidade de São Mateus viu na adoração dos reis magos a realização da profecia de Isaías sobre a qual meditamos na primeira leitura de hoje: “Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso e publicando os louvores do Senhor” (Is 60,6). A estrela vista pelos magos é o Salvador do mundo para o qual acorrem povos de toda parte, movidos pela gratidão e que o adoram.
Ainda hoje, diante do nascimento do Menino Jesus, há quem fique indiferente, limitando-se à ceia de Natal e à troca de presentes. Há, também, aqueles que não entendem a paz trazida por Jesus e desejam eliminá-lo como o rei Herodes que, ao saber que havia nascido o rei dos judeus, tentou matá-lo.
Cada povo, a seu modo, com sua língua e cultura, com as particularidades que lhe são próprias, adora o Senhor na Nova Jerusalém que é a nossa Igreja. Por nossa parte, não nos esqueçamos de apresentar a Jesus, na hora da Sagrada Comunhão, nossos propósitos, preparados durante as quatro semanas do Advento. Reflitamos sobre esse momento tão especial, cheio de ternura e, sobretudo, do imenso amor do Pai, que nos enviou seu Filho amado para nos salvar.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Vivo a minha imensa graça de ser filho adotivo de Deus? Se há desunião em minha família, rezo a Nosso Senhor para que volte sua paz? Peço ao Menino Jesus que confirme com sua graça meus propósitos de Natal?
LEITURAS PARA A SEMANA DO TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
3. SEGUNDA. Santíssimo Nome de Jesus: 1Jo 3,22–4,6 = Examinai os espíritos para ver se são de Deus. Sl 2. Mt 4,12-17.23-25 = O Reino de Deus está próximo. 4. TERÇA: 1Jo 4,7-10 = Deus é amor. Sl 71(72). Mc 6,34-44 = Multiplicando os pães, Jesus se manifesta como profeta. 5. QUARTA: 1Jo 4,11-18 = Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco. Sl 71(72). Mc 6,45-52 = Viram Jesus andando sobre as águas. 6. QUINTA: 1Jo 4,19–5,4 = Aquele que ama a Deus ame também o seu irmão. Sl 71(72). Lc 4,14-22a = Hoje se cumpriu esta palavra da Escritura. 7. SEXTA: 1Jo 5,5-13 = O Espírito, a água e o sangue. Sl 147(147B). Lc 5,12-16 = E imediatamente a lepra o deixou. 8. SÁBADO: 1Jo 5,14-21 = Se lhe pedimos alguma coisa, Ele nos ouve. Sl 149. Jo 3,22-30 = O amigo do esposo enche-se de alegria ao ouvir a voz do esposo.
9 DE JANEIRO
JESUS FOI BATIZADO POR SÃO JOÃO BATISTA
Batismo do Senhor – 9 de janeiro
1ª LEITURA – ISAÍAS 42,1-4.6-7
“Eis o meu servo: nele se compraz minh’alma.”
Hoje, comemoramos o Batismo de Jesus. Ele não precisava receber o Batismo de penitência, ministrado por São João Batista, mas, como Deus e homem que Ele é, embora não tivesse pecado, colocou-se, por humildade, pacientemente na fila daqueles que recebiam tal rito de purificação.
Nesta primeira leitura, o profeta Isaías introduz para nossa reflexão um personagem, chamado simplesmente de “servo”. Não se sabe a quem se referia, mas sua missão nos lembra a de Jesus.
Ele é o eleito de Deus, sobre quem o Senhor fará repousar o seu Espírito. Qual será sua maneira de agir? Não precisará gritar em praça pública para anunciar sua doutrina, mas, ao contrário dos poderosos desta terra, atrairá a atenção pelas virtudes que revela. Será misericordioso, aproveitando o que há de bom nas pessoas para recuperá-las. Com imensa fé e amor no Pai do Céu que o tinha enviado, jamais desanimará diante das dificuldades que aparecerem em seu caminho. Sua doutrina iluminará os povos, começando por seus preferidos, os pobres. Assim, restituirá a visão aos cegos e resgatará os que estiverem cativos de suas paixões e vícios. Como percebemos, quase todos os versículos que compõem esta leitura são aplicados a Jesus.
SALMO 28(29),1A.2.3AC-4.3B.9B-10 (R. 11B)
“Que o Senhor abençoe com a paz o seu povo!”
2ª LEITURA – ATOS 10,34-38
“Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo.”
Quando Jesus começou sua missão de pregar o Reino de Deus, após ter recebido o Batismo de São João Batista, seu propósito foi o de o anunciar primeiro “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24).
Mais tarde, porém, o Divino Salvador, diante da rejeição das autoridades judaicas e dos príncipes dos sacerdotes à novidade do seu Evangelho, mudou os destinatários de sua doutrina e se dirigiu aos pagãos, como se pode constatar pela passagem seguinte: “Por isso, vos digo: será tirado de vós o Reino de Deus e será dado a um povo que produzirá os frutos dele” (Mt 21,43).
Mesmo assim, depois da volta de Jesus para junto do Pai, os apóstolos mantinham ainda a ideia de que o Reino de Deus era destinado somente aos judeus. Por isso, quando São Pedro discursava para uma plateia de pagãos, e o dom do Espírito Santo desceu sobre eles, os judeus “profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre eles” (v. 45).
Nós também recebemos o Espírito de Deus no nosso Batismo, mas será que aceitamos o Reino de Deus em nossa vida mediante a prática do amor ao próximo?
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MC 9,6)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai:
‘Eis meu Filho muito amado; escutai-o, todos vós!’.”
EVANGELHO – LUCAS 3,15-16.21-22
“Jesus recebeu o Batismo. E enquanto rezava, o céu se abriu.”
Quando meditamos sobre a mensagem da primeira leitura deste domingo, foi-nos apresentado pelo profeta Isaías o servo, que é considerado a figura de Jesus. Ficamos sabendo, então, que ele seria manso, não levantaria a voz, atrairia as pessoas por seus dons de bondade, misericórdia e atenderia aos pobres.
Todavia, São João Batista e o povo judeu sabiam que o Céu se havia fechado e que há muito tempo Deus tinha deixado de suscitar profetas por causa dos pecados cometidos. Temiam o Senhor e sua expectativa era a de virem dele os temidos castigos. Assim se compreendem as palavras duras do precursor de Jesus: “Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo (…) e queimará as palhas num fogo inextinguível!” (vv.16 e 17).
Jesus, porém, apresentou-se de forma bem diferente: batizou-se junto com os pecadores, participando do rito de purificação e de conversão, embora não precisasse. Rezou a seu Pai para descobrir sua vontade, gesto que repetiu durante toda a sua vida. O Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de “pomba”, não em forma de “fogo”, para mostrar a maneira suave e bondosa de Jesus exercer sua missão. Finalmente, ouviu-se a voz do Pai para indicar que Jesus é seu Filho amado.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
A exemplo de Jesus, olho preferencialmente para os pobres a fim de ajudá-los? O amor ao próximo é o ideal de minha vida? Observo como Jesus se comporta para, com sua graça, seguir seus passos?
LEITURAS PARA A 1ª SEMANA DO TEMPO COMUM
16 de janeiro
BODAS DE CANÁ
2º domingo do Tempo Comum – 16 de janeiro
1ª LEITURA – ISAÍAS 62,1-5
Restauração de Jerusalém.
Depois dos festejos do Natal do Senhor e de sua manifestação ao mundo, a sagrada liturgia nos convida a entrarmos no Tempo Comum. Durante vários domingos, meditaremos sobre a vida pública de Jesus e seus ensinamentos, conduzidos pela comunidade de São Lucas.
A primeira atitude que devemos tomar é examinar nossa consciência para vermos, à luz de Deus, se estamos vivendo na sua graça, na sua amizade. O profeta Isaías compara nossa alma em pecado à cidade santa de Jerusalém, cujos habitantes haviam acreditado em deuses estranhos e nas maravilhas que eles prometiam, mas, era pura enganação: os exércitos inimigos a assaltaram, derrubaram suas casas, o templo e, por fim, escravizaram seus moradores.
Essa descrição pode-se aplicar também a nós se nos deixarmos enganar pelos valores do mundo, como a ganância pelos bens materiais, o sexo mal usado, a ânsia pelo poder e outros vícios afins. Mas o arrependimento e a fé na misericórdia divina farão que nossa alma “brilhe como a aurora (…) não mais será chamada a desamparada (…) mas a preferida (do Senhor)” (vv. 1-4). Deus ama o pecador que se arrepende e o torna fiel por seu amor.
SALMO 95(96),1-2AB-3.7-8A.9-10A.C (R. 1A.3B)
“Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
manifestai os seus prodígios entre os povos!”
2ª LEITURA – CORÍNTIOS 12,4-11
“Estas coisas as realiza um e o mesmo Espírito,
que distribui a cada um conforme seu querer.”
Como acabamos de rezar no responsório do Salmo desta Missa, quem está na graça de Deus passa a entoar um canto “novo”, ou seja, a viver uma vida nova. Entretanto, não vivemos sozinhos; nascemos e crescemos no seio de uma família e aí estabelecemos relações de proximidade com nossos parentes. Será nela também que desenvolveremos os dons que Deus nos confiou, mas diferentes daqueles dos outros, de tal modo que cada um de nós contribuirá com suas habilidades para o bem comum da família.
A primeira verdade que devemos ter sempre em mente é que os dons nos foram dados por Deus, portanto, não podemos nos envaidecer de possuí-los como se fossem nossos. Assim, a cada elogio que possamos receber, devemos dizer com humildade e verdade: “Foi o Senhor quem me deu”.
A segunda verdade que sempre lembrar é que os dons nos foram confiados por Deus para servir aos outros. Não podemos, portanto, guardá-los como se tivessem sido criados só para nós, sob pena de mudarmos sua finalidade e cairmos num perigoso fechamento em nós mesmos, solitário e egoísta.
Finalmente, devemos cuidar para não ter ciúme dos dons que o Senhor deu aos outros. Em vez de perder tempo, invejando os dons alheios, voltemo-nos para os nossos e cuidemos para empregá-los bem.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (2TS 2,14)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“O Senhor Deus nos chamou, por meio do Evangelho,
a fim de alcançarmos a glória de Cristo.”
EVANGELHO – JOÃO 2,1-11
“Jesus realizou este início dos sinais em Caná da Galileia.”
A comunidade de São João nos apresenta o primeiro aparecimento de Jesus em público numa festa de casamento. Esse fato nos liga à primeira leitura, em que Deus é apresentado como um esposo que perdoa os erros de sua esposa.
Em Caná também Jesus está presente numa festa de casamento em que os noivos estavam tristes porque o vinho tinha acabado. Tal situação era a imagem do povo judeu. Vivia abatido porque sua religiosidade fora orientada para cumprir enorme quantidade de proibições. As maiores vítimas eram os pobres porque, não tendo dinheiro suficiente para oferecer sacrifícios de purificação, permaneciam impuros perante a lei.
Jesus começava sua vida pública querendo mostrar, de saída, que tinha vindo para libertar o povo judeu, sobretudo seus pobres, daquela religião “amarrada” que a todos oprimia, criando um clima insuportável.
Foi a mãe de Deus, Maria Santíssima, que tinha trazido o Salvador ao mundo, quem acendeu a luz da esperança, ao dizer aos serventes “Fazei tudo o que ele vos disser” (v. 5). Essa ordem serve para nós. Se quisermos ir pelo caminho certo, façamos tudo o que Jesus nos disser por seu Evangelho, pelas pessoas e pelos acontecimentos.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Procuro me manter sempre na amizade de Jesus? Valorizo os dons que Deus me confiou aplicando-os no serviço aos irmãos? Rezo sempre à nossa Mãe do Céu, pedindo sua proteção e bênção?
LEITURAS PARA A SEGUNDA SEMANA DO TEMPO COMUM
23 de janeiro
QUERER OUVIR A PALAVRA DE DEUS
3º domingo do Tempo Comum – 23 de janeiro
1ª LEITURA – NEEMIAS 8,2-4A.5-6.8-10
O povo escuta respeitosamente a leitura da lei.
Neste domingo somos convidados a ouvir a Palavra de Deus com o respeito que ela merece. Nesta primeira leitura são enumeradas algumas condições para escutá-la com proveito espiritual. A primeira delas é pedir ao Senhor fé em sua santa Palavra, comunicada pelos leitores e pelo sacerdote que a explica e aplica à nossa vida na hora da homilia.
Lê-se que houve uma convocação geral até das crianças que a pudessem compreender. A Santa Igreja também nos convida: “Ouvir Missa inteira nos domingos e festas de guarda”. Que nenhum pretexto fútil nos impeça nem a nossa família cumprir esse mandamento tão importante. Porém, não nos basta estar presentes. É preciso nos cercarmos das melhores condições para ouvirmos e entendermos a leitura e a homilia do celebrante, pois quem nos fala é o Senhor!
Nada de conversas, mas silêncio a fim de que nenhuma palavra do Senhor se perca e sua mensagem possa ser aplicada à nossa vida. Se nada mudar em nossa família, se a paz do Senhor não morar nela, é sinal de que “o solo pedregoso em que a semente da Palavra caiu não deixou que nascessem as raízes e, na primeira provação, cairemos fragorosamente por falta de constância” (Mt 13,20-21).
SALMO 18B(19),8.-10.15 (R. JO 6,63C).
Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!
2ª LEITURA – 1CORÍNTIOS 12,12-30
Comparação do corpo e dos membros.
Ao acabarmos de refletir sobre a primeira leitura, concluímos que comunicar a Palavra de Deus é o serviço mais importante da comunidade. São Paulo se dirige a esses ministros exortando-os a não se envaidecerem por essa tarefa, pois possuem o mesmo valor dos que fazem tarefas mais humildes.
Dessa verdade fundamental tiramos lições práticas para a nossa vida de batizados da santa Igreja: somos todos iguais em Cristo, conforme o apóstolo nos escreveu: “Vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros” (v. 27). Anteriormente, tinha escrito: “Se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho todos os outros se congratulam por ele” (v. 26). Portanto, quando praticamos, por graça de Deus, um sacrifício espiritual, ou seja, quando fazemos um ato bom, beneficiamos toda a Igreja. Se, ao contrário, pecamos, diminuímos a santidade dela.
Assim, compreende-se que um membro pode oferecer sacrifícios pelos outros como, por exemplo, aconteceu com Santa Mônica rezando pela conversão de seu filho, Santo Agostinho. Também Santa Teresinha do Menino Jesus, de dentro do carmelo, oferecia sacrifícios espirituais pelos missionários, a ponto de ter sido considerada padroeira das missões pelo Papa Pio XI em 1927.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (LC 4,18)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar;
ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar!”
EVANGELHO – LUCAS 1,1-4; 4,14-21
“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura.”
Embora não tenha sido contemporâneo do Divino Salvador, o autor procurou investigar diligentemente os fatos de sua vida pelo testemunho de pessoas que mantinham viva a tradição oral recebida de seus antepassados. Seguiu também os evangelhos das comunidades de São Marcos e de São Mateus.
Assim, São Lucas inicia seu Evangelho escrevendo o seguinte: “Pareceu-me bem, depois de haver diligentemente investigado tudo desde o princípio, escrevê-los para ti segundo a ordem, excelentíssimo Teófilo” (v. 3).
Dessa maneira, chegaram até nós preciosos pormenores da infância de Jesus e da Sagrada Família. Sem dúvida ter fé é dom de Deus, mas, se seguirmos domingo após domingo a leitura deste Evangelho de São Lucas, fundamentaremos melhor a base de nossa doutrina cristã.
A segunda parte do Evangelho de hoje nos apresenta Jesus lendo e explicando a Palavra de Deus na sinagoga, que justamente apresentava a profecia de Isaías sobre o Messias. Com que comoção terá lido aquele texto sobre si. Assim, no fim da leitura, fez a grandíssima revelação: “Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir” (v. 21). Infelizmente, enquanto Ele era “aclamado” por uns (v. 15), porque iria dar prioridade aos pobres, outros, imbuídos da ideia do Messias rei, rejeitaram-no.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Faço todo o possível para ouvir a Palavra de Deus com atenção e tirar proveito espiritual? Ofereço sacrifícios espirituais para o bem de toda a Igreja? Procuro ajudar os pobres que são os preferidos de Deus?
LEITURAS PARA A TERCEIRA SEMANA DO TEMPO COMUM
24. SEGUNDA. São Francisco de Sales, bp. dr.: 2Sm 5,1-7.10 = Tu apascentarás o meu povo Israel. Sl 88(89). Mc 3,22-30 = Satanás será destruído. 25. TERÇA. Conversão de São Paulo, ap.: At 22,3-16 = Levanta-te, recebe o Batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o nome de Jesus. Sl 116(117). Mc 16,15-18 = Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho. 26. QUARTA. Santos Timóteo e Tito, bps.: 2Tm 1,1-8 = Recordo-me da fé sincera que tens. Sl 95(96). Lc 10,1-9 = A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 27. QUINTA: 2Sm 7,18-19.24-29 = Quem sou eu, Senhor Deus, e o que é a minha família? Sl 131(132). Mc 4,21-25 = Lâmpada à vista; medida generosa. 28. SEXTA. São Tomás de Aquino, presb. dr.: 2Sm 11,1-4a.5-10a.13-17 = Davi, adúltero e homicida. Sl 50(51). Mc 4,26-34 = Semente que germina sozinha; grão de mostarda. 29. SÁBADO: 2Sm 12,1-7a.10-17 = Pequei contra o Senhor. Sl 50(51). Mc 4,35-41 = Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?
30 de janeiro
JESUS E OS NAZARENOS
4º domingo do Tempo Comum – 30 de janeiro
1ª LEITURA – JEREMIAS 1,4-5.17-19
“Eu te consagrei e te fiz profeta das nações.”
No domingo passado, edificamo-nos com o modo atento e edificante com que o povo eleito ouvia a proclamação da Palavra de Deus. Neste domingo, aprofundamos nossa vocação, não só de ouvintes práticos que levam a mensagem de Deus para sua vida, mas também de anunciadores da Palavra do Senhor para os irmãos, a exemplo de Jesus.
Nesta leitura, é apresentado a nós pela sagrada liturgia o chamado de Deus a Jeremias para ser seu profeta, antes de ter sido gerado no ventre de sua mãe. Nós também, antes mesmo de termos nascido, já Deus nos havia preparado gratuitamente seus dons para que exercêssemos condignamente os deveres de nosso estado de vida (cf. vv. 4 e 5).
Anunciar a Palavra de Deus não se realiza forçosamente somente por seu anúncio verbal, mas também, e sobretudo, pelo exemplo de nosso comportamento. Sabemos que os bons exemplos de vida falam mais fortemente para as outras pessoas do que palavras. Estas, uma vez proferidas por nós, “voam”, mas os exemplos de vida santa entram pelos olhos e são guardadas no coração.
As críticas, as perseguições, os comentários maldosos podem nos atingir, como afetaram ao profeta, mas valem para nós as palavras do Senhor dirigidas a Jeremias. Quando formos tentados a deixar de dar bons exemplos ou de denunciar coisas erradas, lembremo-nos da Palavra de Deus: “‘Eles te combaterão, mas não conseguirão vencer-te, porque estou contigo, para livrar-te’, oráculo do Senhor” (v. 19).
SALMO 70(71),1-4A.5-6AB.17 (R. 15AB)
“Minha boca anunciará todos os dias vossas graças incontáveis, ó Senhor.”
2ª LEITURA – 1CORÍNTIOS 12,31–13,13
“Permanecem a fé, a esperança e a caridade.
Mas a maior delas é a caridade.”
Permanecermos na missão que Deus nos confiou e nos desempenharmos bem nela, por sua graça, exige fé nele, como reza o salmista: “Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma, em vós confio” (Sl 24[25]). Entretanto, não basta dizer que tem fé se não mostrar por obras que isso é verdade.
Prova-se que se tem fé em Deus amando nossos irmãos. A comunidade de São João Evangelista nos deixou por escrito o seguinte: “Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso”. Em seguida, explica-nos por que motivo: “Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20).
São Paulo dirigiu-se à comunidade de Corinto, onde havia brigas, porque cada um queria que seu carisma fosse considerado maior do que o dos outros. Ensinou-lhes o apóstolo, e a nós também, que o dom que permanecerá para sempre é o do amor a Deus e ao próximo: “A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará. O dom da ciência findará (…). Por ora, subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade” (vv. 8 e 13).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (LC 4,18)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar;
ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar!”
EVANGELHO – LUCAS 4,21-30
Jesus, assim como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus.
Jesus interpretou a passagem do texto de Isaías sobre o Messias de uma maneira diferente da que certamente os levitas a faziam. Os judeus esperavam o surgimento do Messias para restaurar o reino de Israel à frente de um numeroso exército que expulsaria os romanos de sua terra para sempre e devolveria a eles a antiga pompa e a faria respeitada pelos demais povos. Portanto, sofriam muito com Pôncio Pilatos, governador da Judeia, que dominava o povo “a ferro e fogo”, cobrando-lhe pesados impostos.
Ora, quando os patrícios de Jesus ouviram-no dizer que Ele era o Messias esperado foi uma decepção. Começaram, então, a murmurar contra Ele, desprezando-o e dizendo “Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe?” (Mt 13,55) e não acreditaram que Ele era o Salvador. Quando, então, Jesus insinuou que, diante da sua incredulidade, a Palavra de Deus seria anunciada aos pagãos, “Encheram-se de cólera na sinagoga. Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade” (vv. 28 e 29).
Qual tem sido nossa atitude diante da escuta da Palavra de Deus? Esforçamo-nos por ouvi-la com proveito espiritual? O que nos importa é a mensagem da Palavra de Deus e não o instrumento humano de que Deus se vale para nos falar.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Peço ao Senhor que me dê forças para não deixar o caminho do bem por causa de críticas? Estou convencido de que devo estar atento para não faltar com a caridade para com os outros? Compreendo que devo abrir meu coração à Palavra, independente do ministro que a apresenta?
LEITURAS PARA A QUARTA SEMANA DO TEMPO COMUM
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