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Sabemos que, a partir do momento em que recusa livremente aquilo que lhe foi proposto por seu Deus, seu criador, para sua realização, afastando-se d’Ele, todo homem experimenta no seu íntimo a fragilidade de pecar. Na verdade, o pecado entrou na humanidade e atingiu o mundo em que nós vivemos.
Deus Pai, com a Sua bondade infinita para com o homem pecador, envia seu Filho para livrá-lo do pecado e chamá-lo das trevas para a luz verdadeira. Cristo Jesus exortou os homens à conversão, acolheu os pecadores e curou os enfermos para manifestar o poder de perdoar os pecados. Finalmente, morreu pelos pecados do homem e ressuscitou para a salvação de todos.
A proclamação do Ano da Misericórdia no próximo dia 8 de dezembro pelo Papa Francisco, vem confirmar mais ainda, que a Igreja, sempre primou e continua a ação libertadora de Jesus. Ele não deixa de convidar os homens e mulheres à conversão manifestando a Sua vitória sobre o pecado, principalmente pelo poder de sua Cruz Redentora que age nos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e da Reconciliação.
O cristão no mundo experimenta em si o pecado e as suas consequências. Por isso, ele é chamado a viver, dia após dia, uma conversão contínua e renovada, respondendo os apelos de Deus. A misericórdia é uma oportunidade da Divina Graça que deve ser profundamente aproveitada na vida de quem a sente, de quem a experimenta. A misericórdia infunde o desejo de conversão. Assim sendo, a misericórdia e, portanto, o perdão do Senhor, no esforço de viver na liberdade e na verdade, entrevê-se na vida do próprio Deus, seja graças a reta conduta moral, seja a um desejo da perfeição consumada na vida eterna.
Numa situação de pecado, exige-se um processo de arrependimento, de reparação e reconciliação. É aí que entra a misericórdia, pois, pelo Sacramento da Reconciliação, sempre encontramos a graça do perdão de Deus e a reintegração na comunidade eclesial, mediante a ação visível da Igreja. Para ser mais compreensível, após o despertar de uma vida distante com a de Deus, ou seja, mergulhado no pecado, a pessoa, tocada pela Palavra, deve procurar para si a purificação sacramental da Igreja. Exclusivamente, este purificar-se se dá pelo sacramento da Reconciliação ou Confissão. Aí, há um compromisso expresso com clareza pelo Ato de Contrição: “Meu Deus, eu me arrependo, de todo o meu coração, de vos ter ofendido, porque sois bom e amável. Prometo, com a vossa graça, esforçar-me para ser bom. Meu Jesus, Misericórdia”.
Palmilhar na misericórdia é um exercício de bom grado porque nos aproxima da salvação. É igualmente uma escola que nos faz provar, em meio às necessidades do tempo, o justo caminho a ser seguido: os valores do Reino (cf.: Mt 6, 33), como bem nos ordenou Nosso Senhor no Sermão das Bem-aventuranças.
Seja-nos, por isso mesmo, o Ano da Misericórdia um período propício para uma consciência ajustada para melhor aproveitarmos este dom magnânimo de Deus para todos nós. Jesus, Rosto da Misericórdia. Encarnado, chama-nos, em proposição, para um novo sentido de vida, orientado pelo amor de Deus, que quer, por nós e em nosso favor, eivar o mundo de nobres sentimentos, levando tantos e tantos, pelo caminho de conversão sincera, à amizade com Deus; amizade que se constitui nossa felicidade ainda nesta temporalidade. Dessa maneira continuaremos a contar, tais como testemunhas e provadores, com a misericórdia do Senhor.
Por Dom Dulcênio Fontes de Matos – Bispo Diocesano de Palmeira dos Índios-AL
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