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Na sexta-feira 25 de setembro o Papa Francisco discursou na 70ª Assembleia Geral da ONU diante de 170 chefes de Estado, na sua visita aos Estados Unidos. Sua mensagem foi clara e profética denunciando a exclusão econômica e social como um atentado gravíssimo aos direitos humanos e ao ambiente. Desde a sua Encíclica “Laudato Si” o Papa tem amarrado de forma convincente a agenda marrão dos pobres com a agenda verde, mostrando que o dano ao meio ambiente é um dano contra toda humanidade e em especial contra os mais fracos e menos hábeis.
A Terra é uma das criaturas mais pobres sendo atingida e violentada pelo consumo irracional e o paradigma tecnocrático que a agride de forma destrutiva e predadora considerando-a uma mera mercancia. O descarte de seres humanos, o desperdício de recursos naturais, a poluição de rios e nascentes, configuram um cenário ameaçador que nos faz temer seriamente sobre a sobrevivência da nossa espécie.
Torna-se necessário libertar-se da idolatria e tirania do dinheiro, das teorias chamadas da recaída favorável que creditam de forma ingênua e ideológica na supremacia do mercado livre e a sua infalibilidade para trazer equidade e capilaridade social. Caberá as agências financeiras internacionais promover a sustentabilidade e a geração de postos de trabalho e inclusão, revertendo o sistema de empréstimos opressivos, de juros escorchantes de uma economia rentista e agiota.
O Papa conclamou para assumir a responsabilidade pela Casa Comum assumindo o compromisso com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e com a Conferência de Paris sobre as alterações climáticas como sinais e espaços de esperança. Indicou no Congresso Americano o testemunho das histórias de Abraham Lincoln, Martin Luther King, Dorothy Day e Tomás Merton, como indicadores de uma memória histórica inspiradora e aberta para o futuro.
Como vemos a passagem do Vigário de Cristo em terras americanas e na ONU foi estimulante e desafiadora para urgir mudanças e decisões críticas em prol da paz e da resolução de conflitos e a salvação da terra. Deus seja louvado!
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo Diocesano de Campos (RJ)
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