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A vida é bela. É dom a ser preservado, que não pertence à pessoa, mas foi-lhe dado de graça para ser fonte de realização humana. É divina, mas o contexto de sua existência temporal é humano. Ela tem sido ameaçada em diversas circunstâncias e ferida em sua dignidade, atacada pela ampla violência na cultura dos povos.
Por trás de muitos acontecimentos está a revelação da vida, que surge de situações, às vezes, totalmente simples, sem muita evidência, mas com força de esperança e coragem. A vida se fortalece na oferta dos simples, sinal de que Deus é a sua causa motivadora. Vida ofertada é vida feliz e cheia de vitórias.
Na cruz, Cristo ofertou sua vida para resgatar a justiça para todos, mas muitas pessoas não entenderam seu propósito e não se beneficiam dos frutos da cruz. Foi um esvaziamento para superar as práticas de competição, de ciúmes e invejas que contradizem a vida cristã. Supera também a ideologia do poder e da busca de satisfação a todo custo.
O egoísmo fecha os nossos olhos para a oferta da vida. Torna a pessoa incapaz de enfrentar sacrifícios para construir uma vida com mais solidez. Temos mais disputa de poder do que de doação de vida na generosidade. A bíblia diz: “Aquele que quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós seja o servo de todos” (Mc 10,43-44).
Os critérios de Cristo subvertem os valores apresentados pela ideologia que domina hoje. São critérios do Reino de Deus e não do reino do mundo. Critérios de justiça, de paz e fraternidade, que ajudam nos relacionamentos sociais. Eles são autenticados pelo testemunho coerente de vida e de doação.
Ofertar a vida é um gesto sagrado. Exige determinação e propósito firme de estar fazendo o bem. Corremos o risco da influência das ideologias do poder, que em vez de doação, suga com práticas injustas e de exploração. Com isto a vida perde o sentido de beleza e de dignidade.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)
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