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Sansão é um personagem importante nas narrativas bíblicas. Era da tribo de Dã, filho de Manué e sua família vivia em Sorá. É interessante que seus pais não podiam ter filhos e a concepção de sua mãe se deu de forma divina: “O anjo do Senhor apareceu a esta mulher e disse-lhe: ‘Tu és estéril, e nunca tiveste filhos; mas conceberás e darás à luz um filho. A navalha não tocará a sua cabeça, porque esse menino será nazareno de Deus desde o seio de sua mãe, e será ele quem livrará Israel da mão dos filisteus’” (Jz 13,3-25).
Segundo as informações que temos, ele era de força física extraordinária, domador de leões e sozinho empreendeu uma batalha contra os filisteus. Tornou-se juiz, seu povo o admirava e o respeitava por ser diferente dos demais homens. Mesmo seu nascimento tendo sido de forma milagrosa e o Espírito de Deus tê-lo visitado várias vezes, ele sempre ignorou seu chamado. Podemos dizer que não era um homem devoto à religião de seu tempo.
Sansão seguia as ordens de seu coração e, embora seus pais o advertissem sobre o que não deveria fazer, pois sua vida era consagrada ao Senhor, ele desrespeitou irresponsavelmente todas as ordens, escolhendo a mulher errada para se casar, envolvendo-se com a prostituta Dalila, que o levou à ruína seduzindo-o e cortando seus cabelos enquanto dormia, além de ter ocultado outros fatos importantes de sua gente. Sua confiança estava na sua força física e foi vitimizado por suas paixões carnais.
Traído, cego, aprisionado e escravizado pelos inimigos Sansão foi levado e exposto como troféu. Na tomada de consciência de sua história, o personagem se arrepende e pede que Deus não o abandone e lhe conceda mais uma vez a força para se vingar de seus inimigos. Com seus cabelos crescidos, derrubou o templo, apoiado em uma pilastra, e matou todos que lá estavam.
Durante vinte anos, Sansão foi juiz em Israel e sua história nos ajuda a entender as escolhas que fazemos. Nossa vida é graça de Deus, presenteada para que sigamos seus passos e sejamos promotores da vontade santa, porém, se ignoramos a presença do Senhor, corremos o risco de idolatrar as paixões e obedecer ao comando de nossa voz. Sansão foi traído por seus sentimentos e por se considerar autossuficiente.
A beleza de sua vocação está no arrependimento, mesmo que seja no fim. É uma história de vingança, mas também de paixão, de alguém que vence os inimigos tirando sua própria vida.
Sansão e Jesus Cristo possuem semelhanças nos acontecimentos históricos, desde o anúncio pelo anjo até o suplício. Ambos se entregaram para que seus povos tivessem vida e liberdade. Assim, esse guerreiro que encara sua fraqueza e continua lutando é um exemplo a seguir. O chamado de Deus é respondido com liberdade, podendo cada um escutá-lo fielmente ou dar-lhe as costas.
A força de Sansão estava nos cabelos; de onde vem a minha força para vencer as ciladas do inimigo?
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