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O mundo e, particularmente, o Brasil estão passando por um momento muito sério de polarizações, o que tem gerado diversas crises: crise de valores, crise de unidade, crise política, crise econômica devido à guerra na Ucrânia, dentre outras. Isso tudo tem atingido uma enorme quantidade de pessoas, sobretudo os jovens, deixando-lhes meio desesperançados. Diante dessas constatações, só uma coisa assegura a esperança, particularmente de um jovem cristão: a fé.
Sem adentrar as causas que têm gerado as polarizações sem precedentes, convém somente constatar que uma gama de instituições e inúmeros cidadãos deste país estão sofrendo as consequências drásticas desse quadro que, muitas vezes, está envolto numa penumbra na qual não se vê saída, pelo menos em curto prazo.
Nesse contexto são válidas as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: “Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (183). Pois bem, munidos dessas palavras, os jovens católicos devem acompanhar o caminhar desse momento crítico para que saibam discernir o que está por trás de tudo isso; como se sabe é uma crise ética e moral que tem assolado as pessoas e as instituições, levando cada segmento a duros conflitos, sobretudo quando não se respeita a opinião do outro.
Entretanto, a fé desponta como uma esperança renovada em meio a tantas turbulências que interferem na vida dos cidadãos brasileiros. Talvez você pense que a fé nesse ínterim é ilusória, mas não é, jamais. Sua própria definição assegura: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1). Por isso, ter fé em quaisquer circunstâncias é fundamental, dado que aqueles que vivem de fé jamais se decepcionam, pois sabem que a fé não decepciona, ela é a garantia do que ainda não se vê de modo concretizado. Veja o exemplo de Abraão, quando da promessa da Terra Prometida: “Foi pela fé que Abraão, obedecendo ao apelo divino, partiu para uma terra que devia receber em herança. E partiu não sabendo para onde ia. Foi pela fé que ele habitou na Terra Prometida, como em terra estrangeira, habitando aí em tendas com Isaac e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa” (Hb 11, 8-9).
Há um Salmo que expressa “Deus habita esta cidade” (47,9). Pode-se parafraseá-lo dizendo: “Deus habita este Brasil!”, dito Terra de Santa Cruz. Daí, portanto, é preciso confiar e ter fé.
Entregar nas mãos de Deus o destino desta nação, assim como o destino de cada cidadão brasileiro.
Em suma, ter fé num contexto de crise como este é fundamental para não se desesperar e ter a esperança em dias melhores. Que esta seja a grande certeza do momento, fundamentada numa esperança que não decepciona!
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