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O que se celebra na quinta-feira após a Solenidade da Santíssima Trindade é uma máxima expressão de louvor e adoração pública a Nosso Senhor Jesus Cristo, visivelmente presente nas espécies do pão e do vinho consagrados.
Na mente dos jovens, por sua vez, surgem alguns questionamentos. Eis aqui um dos mais recorrentes e que pretendemos responder: “Ora, como se pode afirmar que o pão do trigo e o vinho da uva se tornam corpo e sangue de Cristo?”. Pois bem, vejamos o discurso de Jesus na última ceia: “Enquanto comiam, ele tomou um pão, abençoou, partiu-o e lhes deu, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu corpo’. Depois, tomou um cálice, rendeu graças, deu a eles, e todos dele beberam. E disse-lhes: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos’” (Mc 14,22-24). Jesus não disse “isso pode ser o meu corpo”, Ele disse: “Isto é o meu corpo”, assim como o vinho “Isto é o meu sangue”. Não são palavras inventadas pela Igreja, porém, ditas pelo próprio Cristo, que é o fundamento dela. Daí, como não acreditar nessa presença real que se rememora e se atualiza em cada Eucaristia celebrada?
Todavia, vale recordar que tal evento é um mistério da fé, pois tem gosto de pão, mas não é pão; tem gosto de vinho, mas não é vinho. São, realmente, corpo e sangue de Cristo. Disse Santo Tomás de Aquino: “A presença do verdadeiro corpo de Cristo e do verdadeiro sangue de Cristo neste sacramento não se pode descobrir pelos sentidos, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus”. Complementou São Cirilo: “Não perguntes se é ou não verdade; aceita com fé as palavras do Senhor, porque Ele, que é a verdade, não mente”. Por isso, a Igreja canta solenemente, fundamentada em Santo Tomás: “Venha a fé por suplemento os sentidos completar”. Eis tão grande e insondável mistério!
Diante da verdade supracitada, surge a pergunta: será que os católicos estão prestando verdadeira adoração ao corpo e ao sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo?
No dia de Corpus Christi observar-se-ão milhares de fiéis participando da santa Missa e da procissão que voltarão a acontecer neste ano, após a grave crise da pandemia do novo coronavírus. Queira Deus que não seja apenas para cumprir um preceito, uma tradição ou até para contemplar as “obras de arte” dos gigantescos tapetes durante o trajeto. Que seja, sim, para reavivar na consciência cristã de cada um que é preciso prestar fiel adoração ao Cristo eucarístico. Ressalte-se que muitas pessoas, incluindo os jovens, já têm essa consciência, pois é notável a expressão de respeito, honra, louvor e adoração àquele que é, que era e que vem!
Recorde-se, por fim, que a procissão de Corpus Christi é única, litúrgica por excelência, da qual todo católico deve participar, devido à sua significância, pois não é uma procissão com uma imagem de um santo de devoção, mas sim com o santíssimo Sacramento do corpo e sangue de Cristo, verdadeiramente Deus entre seu povo, para o qual todos devem aclamar: “Graças e louvores se deem a cada momento ao santíssimo e diviníssimo Sacramento!”.
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