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Outubro é, por excelência, o Mês Missionário, isso porque, já no dia 1º, celebra-se a memória da jovem Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Neste ano, por sua vez, o tema e o lema da Campanha Missionária são, respectivamente, “A Igreja é missão” e “Vós sereis minhas testemunhas” (At 1,8), que vêm impulsionar todos os católicos à missão. Visto que a Igreja é jovem e o jovem é Igreja, convém motivar os jovens a partirem em missão sendo testemunhas do Senhor.
Para muitos católicos, pensar em missão é sair de porta em porta anunciando o Evangelho. Sim, a ideia não está errada, porém, é preciso compreender que, antes do ato de partir em missão, todo ser humano é chamado a renovar sua missão junto àquele que chama, capacita e envia. É Cristo o senhor desse chamado e é por meio do Batismo que cada pessoa é mergulhada no mistério da comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O “ide” da missão é consequência de ser batizado e viver bem o Batismo, isto é, participando ativamente da vida missionária da Igreja. Convém dizer que nem todo batizado parte em missão, mas todo batizado é, em sua essência, missionário, dada a comunhão com o Deus Trino.
Compreendendo que toda pessoa batizada é missionária, a Igreja, atenta ao apelo de Jesus Cristo, convoca todos para partirem em missão: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Quando o cristão compreende que é, em sua essência, missionário ele parte em missão, confiando única e exclusivamente no Senhor, tendo em conta que o maior anúncio vem da comunhão com Deus, quer dizer, o testemunho da própria vida; um testemunho que arrasta sem necessitar de proselitismo. Assim recordou o Papa Francisco em uma de suas mensagens sobre a missão: “Esta vida divina não é um produto para vender – não fazemos proselitismo –, mas uma riqueza para dar, comunicar, anunciar: eis o sentido da missão. Recebemos gratuitamente este dom, e gratuitamente o partilhamos (cf. Mt 10,8), sem excluir ninguém”.
Se Bento XV em 1919 já percebia a urgente necessidade de a Igreja toda estar constantemente em missão, quanto mais hoje. As épocas são diferentes, bem como os meios de propagar o Evangelho, porém, a mensagem é a mesma, tão antiga e tão nova, bastando ser bem vivida, isto é, testemunhada por cada cristão. Nessa perspectiva, o Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro (RJ) disse que “o melhor evangelizador de um jovem é outro jovem”. Então, o que você está esperando para evangelizar e testemunhar o Reino de Deus para outros jovens? Não se preocupe tanto com as técnicas para evangelizar, mas sim em ser testemunho vivo e eficaz de um jovem que deseja ser sempre mais de Deus. Lembre-se que Santa Teresinha do Menino Jesus é padroeira universal das missões sem nunca ter saído do convento, ou seja, evangelizou com a vida.
Impelidos, pois, por esta palavra – “Vós sereis minhas testemunhas” (At 1,8) –, que cada jovem católico exerça bem o seu Batismo, aproximando-se do Cristo que o chama a viver testemunhando o Reino do Céu com a própria vida. Por fim, vale a palavra de São Francisco de Assis: “Pregue sempre e, se precisar, use palavras!”.
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