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“PEDI AO SENHOR DA MESSE QUE ENVIE OPERÁRIOS.”
(MT 9,38)
“EU SOU COMO A CHUVA EM TERRA SECA
PRA SACIAR, FAZER BROTAR.
EU VIVO PARA AMAR E PRA SERVIR!
É MISSÃO DE TODOS NÓS.
DEUS CHAMA, EU QUERO OUVIR A SUA VOZ!”
(ZÉ VICENTE)
No mês de outubro, a Igreja nos convida a celebrarmos o Mês das Missões. Ao longo da história da Igreja, temos exemplos de grandes missionários, de São Paulo apóstolo a Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Ao seu modo e em seu contexto eclesial e social foram homens e mulheres que dedicaram suas vidas à missão e às causas do Evangelho.
Por muito tempo a ideia de missionário esteve atrelada àqueles que deixavam seus países e iam desbravar novos campos, trabalhando nas missões de evangelização, na educação, na saúde, nos orfanatos e asilos católicos. Pouco a pouco, tenho percebido que, embora essa ideia persista, ela tem cedido lugar à compreensão de que o trabalho missionário também pode ser realizado por aqueles que fazem esse papel evangelizador em sua localidade. A missão já não é mais uma compreensão de uma saída geográfica, mas é a saída de si para, iluminado pela luz do Evangelho, encontrar-se com outros tantos em suas diferentes realidades e necessidades.
Trago para a nossa reflexão a imagem de tantas mulheres e homens que em suas comunidades, com suas vidas, dão verdadeiro exemplo de fé, santidade e missão. O Papa Francisco, em sua exortação apostólica sobre a santidade [Gaudete et Exsultate], assinala sobre a vivência dessas realidades em nosso dia a dia, na lida cotidiana da nossa existência.
Quase sempre me ponho a pensar sobre como os agentes da Pastoral da Criança foram e continuam sendo fundamentais no apoio a tantas famílias. Além dessa pastoral, quantas outras são sinais de sal e luz no mundo por meio do envolvimento e trabalho dos seus agentes ali, em suas realidades. Penso ainda nos líderes comunitários que ajudam a dar voz e vez àqueles que ninguém quer ouvir. E tantos educadores que dedicam suas vidas, com paciência, enfrentando as condições mais insalubres, para transformar vidas, ensinando-as a lerem o mundo por meio da Palavra.
Assumir causas que dão sentido à nossa existência e nos auxiliam na vivência da missão recebida em nosso Batismo é um convite para todo cristão. O Santo de Assis dizia “Fale sempre do Evangelho, se necessário, use as palavras”. Seu irmão de ordem, Santo Antônio, seguindo os ensinamentos do seu fundador e piamente fundamentado no Evangelho, falou “Deixem que as línguas calem e as obras falem”. Foram santos que perceberam que o anúncio do Evangelho está associado à vivência encarnada dele, sem discursos proselitistas, sem condenações a outros, apenas mostrando com suas vidas e existências como é na prática aquilo que é dito pelo Evangelho, fazendo dessa Palavra a orientação e causa da vida.
Peçamos ao Senhor da Messe que nos ajude na vivência da sua Palavra para que assumamos as causas do seu Reino como nossos ideais de vida e missão, sendo sal da Terra e luz do mundo por onde passarmos. Assim, a exemplo dos santos, poderemos nos configurar com Cristo, nosso maior exemplo de missionário, na doação, na acolhida, no amor, na entrega e, sobretudo, na união com o Pai, que é o amor e a misericórdia.
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