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A alegria é transparente. É flagrante! Muitas vezes, confundem-se sentimentos e emoções sem poder distingui-los completamente, mas a alegria produz frutos inconfundíveis: ilumina o ambiente, desperta a paz de espírito, traz intensa vontade de viver, suspende julgamentos e faz o coração sentir a caridade, isto é, o amor sublimado. Não é preciso detalhar aqui os processos de falsa alegria e euforia. Por quê? Porque a marca da verdadeira alegria é a paz de espírito.
Vivemos em tempos de muito barulho. Há barulho externo excessivo causado pela agitação constante, aparelhos sonoros em toda parte e uma correria sem fim. Até mesmo os momentos de lazer e de cuidados físicos são excessivamente sonorizados e agitados. Também há barulho interno excessivo causado pela competição profissional, crises de existência, afetos em desarmonia. As pessoas geralmente reclamam muito de agitação e confusão mentais, uma mistura entre depressão e ambição, competição e frustração, realidade e ilusão. O pior é quando tudo se mistura e a agitação patológica é interpretada como alegria. Euforia precisa de tratamento.
No cristianismo o assunto é direto: a alegria é a marca do cristão! O canto é o
transbordamento da alegria cristã, portanto, é o canto, o modo como se canta e usa o corpo, que revela o encontro íntimo com a premissa cristã. Em Atos 2,46 diz-se que “Dia após dia, como um só coração (…) partiam o pão em suas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade sincera”. No Antigo Testamento, o vinho vem para alegrar o coração do homem, como se pode ler no Salmo 103,15. Os padres comparam o canto cristão com a mesma alegria produzida pelo vinho. Santo Agostinho diz: “Aquele que se alegra no Senhor e lhe canta com grande exultação não é semelhante a um ébrio?”. E São João Crisóstomo, comentando o texto de da Epístola aos Efésios 5,19 diz: “Queres alegrar-te? (…) Eu te darei uma bebida espiritual (…). Aprende a cantar e verás como é agradável”.
Como é fácil saber quem é cristão de verdade! O cristão é alegre e suas ações estão sob a batuta da caridade, da esperança, da ética e da moral. O moralista julga, é neurótico e não consegue realizar o que deseja. O moralista é triste e se engana ao pensar que é cristão. Pode vir a ser cristão um dia, mas ainda é só ruído. O falso cristão grita, é barulhento, produz sofrimento inútil, não canta as maravilhas de Deus e, o pior, julga. O Papa Francisco adverte ao afirmar que “Quem julga o próximo toma o lugar de Deus”.
O cristão entende o Magnificat e faz de tudo para viver o cântico de Maria. Uma comunidade religiosa pode ter o diagnóstico exato sobre seus problemas e a solução nas mãos, basta avaliar a vivência de coro e cantar com alegria. Pronto. Humildade é alegria.
Cantar com alegria é caminho, trabalho, exercício diário. Cantar requer a presença do ser inteiro de corpo e alma. Para Jesus é fundamental o que sai da boca como reflexo do coração. Dúvidas perante a fé? Busque a alegria. Quer encontrar Deus? Ele canta no coração alegre e humilde!
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