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O nosso compromisso com a catequese é levar o anúncio da Boa-Nova de Deus ao coração. Jesus Cristo, fonte de esperança e tema principal de todas as atividades catequéticas, caminha conosco e nos faz perceber a preciosidade da vida comunitária. Ao formar uma comunidade, Jesus escolheu pessoas para uma verdadeira partilha da vida, num ambiente de fé e de amor. Cada discípulo, aos poucos, foi revelando suas conquistas ao lado do Mestre, aprendeu o que é amar, a como rezar, a importância do perdão, o valor da unidade e da solidariedade. Foram ensinamentos que ficaram para sempre na memória dos discípulos pois foram gravados no coração. O fato de deixarem tudo para seguir Jesus trouxe liberdade para seguirem os passos do Mestre, amigo e fiel.
A catequese é uma porta aberta para a vida da comunidade, uma motivação para as famílias caminharem de mãos dadas com ela. Ao longo deste ano, vamos ouvir falar muito de sinodalidade, da urgência de caminharmos juntos construindo a comunhão.
Ao curar um leproso (cf. Mc 1,40-45), Jesus, com compaixão, estendeu a mão para tocar aquele homem e curá-lo. Para uma boa catequese, temos de estender a mão como gesto de acolhimento e de solidariedade para com nossos catequizandos. Embora o gesto de estender a mão esteja ligado à prática da caridade, podemos reconhecer que ao fazermos isso a outra pessoa estamos nos envolvendo com a vida e com a história de alguém. Pode ser um risco, mas, procurar a aproximação com o outro é arriscar-se. Estamos, nesse sentido, arriscado-nos ao nos envolvermos com as famílias e com a comunidade para anunciar Jesus.
Estender a mão é um gesto acolhedor: cada criança, jovem ou adulto que temos no grupo de catequese entra na comunidade com a participação e empenho do catequista. Como cristão, todo catequista é chamado para testemunhar sua fé com palavras, atitudes, sentimentos e competência para fazer crescer a comunidade. Todo empenho para isso é prova de amor.
Estender a mão é um gesto de atenção: todos os catequizandos e seus familiares precisam ser enxergados. Olhar para eles e estender a mão significa que estamos atentos à presença deles na vida de nossa comunidade de fé. O respeito pela presença e participação das pessoas, no processo de educação da fé, é fundamental para o desenvolvimento integral de todos, seja no processo formativo, seja nas múltiplas dimensões: física, intelectual, social, emocional e espiritual. Quando as mãos se fecham para outro, a interação entre as pessoas fica comprometida, sobretudo a sociabilidade.
Estender a mão é um gesto de afeto: toda demonstração de afeto é uma forma de expressar carinho e estima pelo outro. O afeto pode ser expresso em pequenas atitudes, por diferentes linguagens: ouvir, abraçar, compartilhar a presença e a história de vida, orientar, aconselhar, motivar, estar junto. De muitos modos, podemos dizer que o outro é importante e que o amor tem o poder de mudar quando o afeto vai além dos gestos físicos e comunica carinho, cumplicidade, respeito e amizade.
Estender a mão é um gesto de esperança: nossas atitudes demonstram a nossa entrega de amor, mas, quando estendemos a mão para uma pessoa que está em processo formativo, manifestamos a esperança que temos na sua transformação, na sua mudança de vida, em busca das novidades anunciadas por Jesus. Um simples gesto de atenção pode suscitar a esperança de dias melhores, de uma vida renovada na fé e no amor. O Papa Francisco tem insistido muito em motivar os cristãos para pequenos gestos de proximidade com as pessoas: “Nestes dias tão difíceis, podemos redescobrir aqueles pequenos gestos concretos de proximidade com as pessoas mais próximas de nós, um carinho aos nossos avós, um beijo aos nossos filhos, às pessoas que amamos. São gestos importantes e decisivos. Se soubermos como viver, então estes dias não serão desperdiçados” (2020).
Estender a mão é um gesto de fé: todo gesto de carinho, de atenção, de ternura e de compaixão é uma forma de confirmar que existe comunhão e comunicação entre nós. Por muitas vezes, podemos ser o instrumento de Deus para que sua presença seja sentida por outras pessoas. Podemos ser o sinal visível do abraço de Deus, do sorriso de Deus e da ternura dele que envolve todos com seu amor. Quando estendemos a mão para outra pessoa, podemos tocar a vida dela e reconhecer que Deus habita seu coração. Vamos manifestar nossa fé na presença de Deus e estender nossa mão, com fé, para agradecer, para perdoar, para dialogar.
Vamos ensinar na catequese que estender a mão para o próximo é:
Catequistas, caminhemos de mãos dadas com o Bom Pastor!
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