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Estimado(a) leitor(a) da Revista Ave Maria: começo nossa reflexão mensal de julho propondo uma compreensão sobre a comunicação do sentimento de inveja e suas consequências nas famílias.
Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Ele fugia rápido, com medo da feroz predadora, e a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia; dois dias e nada. No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à serpente:
– Posso lhe fazer três perguntas?
– Não costumo abrir esse precedente a ninguém, mas, já que vou te devorar mesmo, pode perguntar…
– Pertenço à sua cadeia alimentar?
– Não.
– Eu lhe fiz algum mal?
– Não
– Então, por que você quer acabar comigo?
– Porque não suporto ver você brilhar.
Esse conto, de autor desconhecido, remete-nos a uma reflexão bastante interessante e muito necessária em nosso dia a dia. Seja nos relacionamentos sociais ou profissionais, na vida pessoal ou comunitária e, infelizmente, até mesmo entre familiares podemos encontrar pessoas que se dizem amigas mas que desejam, em seu íntimo, não ver você brilhar, ter sucesso e vencer na vida.
O mandamento de hoje diz: “Nós não devemos ter inveja uns dos outros”. A inveja é um pecado silencioso, capaz de se esconder totalmente dos olhos da maior parte dos observadores. Só que todos sabem que um veneno não precisa fazer barulho para ser fatal. A inveja é tão destrutiva que se assemelha a um câncer no corpo de Cristo, a Igreja; não apenas na Igreja, mas em todas as situações em que ela aparece!
Os cristãos da Galácia estavam ressentidos porque alguns eram mais reconhecidos e outros possuíam mais autoridade na Igreja. Invejar o(a) irmão(ã) é desejar, para si mesmo, a posição, as habilidades, realizações ou posses dele(a), sentindo, ao mesmo tempo, tristeza ou ressentimento por ser ele(a) o(a) possuidor(a) dessas coisas. A inveja é um desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia. É terrível, pois nos corrói por dentro.
O que o sentimento de inveja causa nas famílias:
Em todos os lugares e classes sociais existem “cobras” e “vaga-lumes”, além do que, em algum momento de nossa vida, representaremos um desses papéis, por isso, é importante identificar qual desses personagens você tem sido em determinado momento de sua vida. Observe seu comportamento diante das seguintes situações:
Esses são pequenos exemplos de como pensa uma pessoa “cobra” ou uma pessoa “vaga-lume”. A cobra não se sente bem ou feliz ao ver o outro, seja ele amigo, colega ou familiar, prosperando e aproveitando os resultados de seus esforços, pois julga que o irmão não merece o que recebe de benefício, mesmo sem ter feito os mesmos esforços que ele.
A obediência a esse mandamento (“Nós não devemos ter inveja uns dos outros”) é essencial para que os membros cooperem, com igual cuidado, uns em favor dos outros e sirvam aos outros com amor, alegres e realizados com a posição e a tarefa que cada um recebeu do Senhor.
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