ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
A santidade, mais do que um conceito ou uma devoção, é um estilo de vida, um modo de viver inspirado no Evangelho. É a presença de Cristo que se espalha pelo mundo manifestando a riqueza de seu amor, que se expressa no perdão, na misericórdia, no serviço, na alegria, na esperança, no compromisso, na luta, na unidade e plenitude, na sabedoria, na acolhida, sobretudo no saber viver a vida.
A santidade é possível? Ela não é privilégio de alguns, destino já definido por Deus para alguns privilegiados. Não se trata de algo impossível para pessoas comuns. Cristo não nos pede o impossível. Devemo-nos, isto sim, rever certo conceito de santidade que circula normalmente entre o povo, um conceito de que santidade é manifestação de êxtase, milagres, visões e dons extraordinários. A santidade não reside nisso.
A santidade está no perfeito amor. Nossa vocação como cristãos é o amor, o que significa dizer ser santos. Ser santo é amar. Amar é que nos faz viver e expressar a santidade, portanto, a santidade é uma possibilidade de cada um de nós. São muitos os que a atingiram, pois responderam com amor ao amor que lhe foi revelado.
Os santos que a Igreja proclama são pessoas que levaram a sério a sua vocação de cristãos e responderam de modo concreto aos desafios dos tempos. São pessoas que deram um significativo contributo para o desenvolvimento dos povos por meio de atos concretos que superaram as condições e limites do próprio contexto em que viveram.
Deus não pede menos para cada um de nós. Para muitos cristãos é necessária uma nova conversão, é preciso que recoloquemos a vida sobre seu verdadeiro eixo e assim fazer resplandecer através dos tempos e de nossas atividades e inesgotável presença de Cristo. Assim viveram os santos que veneramos, heróis do amor que souberam dizer com a vida o que é verdadeiramente necessário.
O exemplo dos santos nos enriquece como seres humanos e cristãos. Podemos descobrir neles um estímulo para o nosso crescimento e uma nova luz para aprender sempre mais o que significa ser cristão também nos tempos de hoje, que por um lado nos lançam contra a vida e por outro clamam incessantemente por ela, vida que só Cristo pode nos dar e que antes, como hoje, são muitos a encontrá-la.
Pensemos em nossa vocação. Um dia, de algum modo, sentimos o convite de Jesus para deixar tudo. Talvez de um modo sutil, suave, que nos fez perceber a beleza de uma vida diferente da que até então tínhamos concebido, uma vida completamente para Deus e para a humanidade, que reservaria também incógnitas e dores, mas, pela qual irresistivelmente nos sentimos atraídos.
Nossa história de chamado é também uma coisa fulgurante e extraordinária, que nos apanha num momento especial da vida, qualquer que seja a condição espiritual em que possamos nos encontrar.
Entre os seus colaboradores, Deus chama também os pecadores, pessoas que, embora tenham vivido experiências negativas, não ficaram parados nelas, souberam superá-las. Muitas histórias de santidade que embelezaram a Igreja e produziram muitos frutos nela vieram de vidas assim.
A vocação não é algo acidental, mas, substancial; toca o ser humano no seu íntimo, uma espécie de nova criação. Quando alguém responde ao amor de Deus, que o chama com um ato de amor, acontece como que um ato esponsal espiritual entre os dois, é um dom total.
Pode ser que, às vezes, por parte do ser humano, falte a fidelidade. Pedro, o apóstolo por excelência, renegou o Mestre e também os outros discípulos o abandonaram na sua paixão. O chamado não implica uma perfeição completamente alcançada; ao contrário, exige a correspondência diária e se necessário recomeçar, pois é um processo dinâmico.
“Sede santos porque eu sou santo!” (Lv 11,44): esta é a nossa vocação e missão. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, que é santo, é o amor, a misericórdia. Vamos manter e desenvolver em nós essa nossa verdadeira identidade e assim vamos aprendendo o que é viver.
Comments0