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Com toda a Igreja, vamos celebrar o Dia Mundial das Missões, que neste ano será em 22 de outubro. O tema é inspirado pelo Evangelho de Lucas 24,13-35, o caminho dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado que lhes explica as Escrituras e é reconhecido ao partir o pão. Com o lema “Corações ardentes, pés a caminho”, o Papa Francisco envia uma linda e profunda mensagem para esse dia e para o despertar da missionariedade dos cristãos, ou seja, a ação eclesial no fazer e no ser, que impulsionada pelo Espírito Santo se torna visível em sua essência. Na mensagem, o Papa destaca a presença de Cristo ressuscitado e a importância do encontro com o Senhor.
Os dois discípulos eram adultos e foram tratados como adultos. Todos nós, catequistas, devemos preparar para os nossos catequizandos e catecúmenos adultos uma catequese adulta. Precisamos andar com os pés firmados na realidade, tocando o chão da vida e caminhando confiantes, porque o coração se inflama com a certeza de que Jesus ressuscitado caminha com a gente.
O Papa Francisco fala que, com o coração ardente pela Palavra de Deus, os discípulos de Emaús foram impelidos a pedir ao misterioso peregrino que ficasse com eles mais um tempo, pois já estava chegando o anoitecer. Fazendo a experiência do encontro com o Senhor, eles, encontrando-se ao redor da mesa, sentiram os olhos se abrindo para reconhecer o Cristo quando Ele partiu o pão.
Queridos catequistas, os discípulos reconheceram que somente depois de escutarem a explicação das Escrituras seus pés se firmaram no caminho e o coração ardeu e se inflamou.
Quando sentimos nossos pés se firmarem no caminho missionário de levar Jesus ao coração das pessoas? Sentimos o coração arder com a presença do Ressuscitado caminhando conosco?
Temos uma missão! Devemos acompanhar os catequizandos para que eles não se percam no caminho, não desviem seus passos para longe de Deus, não busquem outros caminhos ou outros atalhos. O caminho do discipulado é longo, desafiador e requer fé, determinação, perseverança e coragem. Talvez sintamos, com eles e por eles, o risco do anoitecer – “É tarde e a noite já vem chegando” (Lc 24,29) –, com o medo do desconhecido, com a insegurança diante das dúvidas e com a incerteza para tomar decisões acertadas. Com fé e atentos ao chamado de Jesus, fortalecemos o nosso ministério e resgatamos a essência do nosso ser cristão, favorecendo e mergulhando na experiência do amor de Cristo, que nos acolhe e nos impulsiona para uma vida nova.
Nossa catequese tem que fazer arder o coração não pela nossa competência ou boa vontade, mas pela certeza de que não estamos sozinhos. Ao partir o pão, Cristo quis tornar-se o pão repartido, garantindo sua presença no meio de nós.
Quando nossos catequizandos ou catecúmenos adultos são acolhidos por nós, muitos deles trazem suas inquietações e, com o desenvolver do processo, vão revelando suas decepções e suas angústias, mas, também suas alegrias e suas esperanças. Vamos ouvi-los, com disponibilidade, para escutar o que buscam, o que esperam encontrar em nossa catequese, o que pretendem fazer a partir daí.
Para escutar nossos catequizandos adultos, precisamos:
O Ressuscitado tornou-se visível para os discípulos de Emaús porque entrou no coração deles “para fazê-lo arder mais ainda”, diz o Papa em sua mensagem. Assim, Ele motiva os discípulos para retomarem o caminho de volta e comunicarem aquela experiência com todos (cf. Lc 24,33-35).
Guardemos esta linda mensagem do papa Francisco: “Cada discípulo missionário é chamado a tornar-se, como Jesus e nele, graças à ação do Espírito Santo, aquele que parte o pão e aquele que é pão partido para o mundo”.
Catequistas, com os pés a caminho e os corações ardentes sejamos discípulos missionários de Cristo, promotores da paz e mensageiros da alegria do Evangelho.
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