ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Joel significa “Javé é Deus”. Ele era filho de Fatuel (cf. Jl 1,1) e fez parte do grupo dos doze profetas menores que viveram no pós-exílio de Judá (reino do sul). Infelizmente, pouco sabemos sobre sua vida. Não há precisão sobre o período em que viveu, provavelmente entre os séculos VIII e V a.C. Seu livro possui poucos capítulos, divididos em duas partes, que tratam da praga de gafanhotos e do Dia do Senhor. Talvez fosse um profeta ou sacerdote ligado ao culto. Para o cristianismo, ele é conhecido como o profeta do Pentecostes quando faz menção ao Espírito Santo derramado sobre todos (cf. Jl 3,1) e da penitência, pois exortou ativamente o povo à prática do jejum, da oração e do arrependimento, a restaurarem sua fé em Deus, sobretudo nos tempos difíceis pelos quais passou.
Ao descrever, na primeira parte de seu livro, a desgraça que se abateu sobre o povo proveniente da praga de gafanhotos, entendeu-a como castigo divino e um pedido a que restaurassem a aliança com o Senhor. Deus se compadecerá e não mais os destruirá se derem a Ele sua vida, serão abençoados e fecundos. Já na segunda parte, fala da paz e da harmonia por meio do Espírito Santo derramado nos corações. Essa graça trará abundância ao povo, pois o “Dia do Senhor” é a vitória sobre o mal e o sofrimento. Por meio da vinda do Espírito, Deus manifestará seu perdão e seu amor aos eleitos e os farão participar da salvação.
Joel, em sua pregação, faz um convite ao ser humano a reconquistar sua amizade com Deus e servi-lo com alegria, com um coração que se abre à paz e destrói o mal. Somente pela conversão é que Deus pode reinar e habitar o santuário das almas. Podemos trazer para nosso tempo esse desejo e interpretar os sinais da natureza, sobretudo as catástrofes, que se somam aos fracassos humanos, como expressão de que precisamos mudar as atitudes para que a vida respire e nossa sociedade tenha sentido.
Os profetas, assim como Joel, estão conscientes de que não vale a pena afastar-se da criação; devemos cuidar e amar, pois é a morada do Espírito, o lugar sagrado onde Deus se manifesta e se relaciona. Sem coerência de vida e zelo pelo bem comum nos tornamos bárbaros de nós mesmos e nos rendemos à devastação.
Joel é um homem atento, sensível, responsável e comprometido com seu Deus. Entrega sua vida para abrir os olhos da cegueira social e reconquistar a paz. Exorta a confiar no Senhor e reconhecê-lo como único: “Sabereis então que estou no meio de Israel, que sou o Senhor, vosso Deus, e que não há outro. E jamais meu povo será confundido” (Jl 2,27).
O Dia do Senhor é o tempo da esperança, em que o povo redimido encontrará consolo e traçará um projeto sustentável ao lado do Criador. A vocação de Joel é mostrar ao povo que diante das calamidades Deus não o abandona, mas pede que retorne ao primeiro amor e seja felizes em sua missão filial.
Comments0