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Amar é o supremo mandamento da vida humana. É uma realidade envolvente, porque quem ama aproxima-se do outro e procura fazer de tudo para conviver bem e querer que esse outro seja feliz. Na verdade, consegue ter grandes e verdadeiros amigos. Cria relacionamentos e fraternidade, possibilitando formar convivência madura e de crescimento dentro da cultura da partilha.
O mandamento do amor fraterno, proposto pela lei de Deus, não está acima de nossas possibilidades. Quando é assumido, ele deixa consequências ou exigências de fidelidade e compromisso de vida autêntica. O amor supera todo tipo de individualismo e de ações irresponsáveis, e canaliza tudo para o bem das pessoas envolvidas. Causa experiência de busca e de prática da justiça social.
A lei é sempre uma exigência necessária para harmonizar os relacionamentos e acertar os ânimos conflituosos. Não é possível uma sociedade sem lei. Quem ama está acima da lei, porque o amor é um dom de Deus. Significa a pessoa não ter coragem de “burlar a lei”, mas sim a coloca em prática numa dimensão de espiritualidade. O amor ultrapassa a esfera do humano por uma dimensão divina.
Todos os mandamentos do decálogo estão sintetizados no amor a Deus e ao próximo. A realidade é humana, com prática de fraternidade, convivência nos diversos ambientes para construir o reino da vida, do respeito e da ajuda. Amar é sair do fechamento para ir ao encontro de quem está distante da realidade humana, de quem vive no subumano e no submundo da sociedade.
O Evangelho fala da parábola do bom samaritano, daquele que ama mesmo não conhecendo quem estava caído pelo caminho, porque o amor supera todos os obstáculos. O caído era judeu, considerado inimigo dos samaritanos. Seus préstimos foram sem limites, porque amou muito e recuperou a vida daquele abandonado na sua total fragilidade. Quem ama defende a vida e sua dignidade.
Todas as pessoas que realmente amam têm uma sabedoria divina. Amar o próximo é dever número um de quem ama a Deus e procura seguir seus ensinamentos relativos ao amor. Todo coração generoso tem facilidade de amar o próximo e cuidar dele. Ser próximo significa ser solidário com as necessidades mais urgentes do outro e consegue superar a cultura da competição e do lucro fácil.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba/MG
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