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(DNC 14, letra h)
Por mais que catequese não seja “aula”, ela é um processo de “ensino” da fé e, como tal, precisa ser pensada como processo educativo. É o que lembra os itens 150 e 151 do DNC – Diretório Nacional de Catequese, que reproduzo abaixo:
2. Catequese como processo educativo
2.1. A catequese e as ciências pedagógicas
150. Em todas as épocas, a Igreja preocupou-se em buscar os meios mais apropriados para o cumprimento de sua missão evangelizadora (cf. CT 46).
Ela não possui um método único e próprio para a transmissão da fé, mas assume os diversos métodos contemporâneos na sua variedade e riqueza, desde que respeitem integralmente os postulados de uma antropologia cristã e garantam a fidelidade do conteúdo. Utiliza-se das ciências pedagógicas e da comunicação levando em conta a especificidade da educação da fé.
151. O catequista necessita de algum conhecimento de ciências humanas que possa oferecer boas indicações para o seu trabalho educativo. A filosofia, a psicologia, a sociologia, a biologia ajudam a compreender as pessoas e seus relacionamentos, nas diversas situações em que se encontram. A sensibilidade do catequista para os problemas e aspirações dos catequizandos pode aprimorar-se a partir dessas áreas de conhecimento.
Na comunicação há muito a aprender do que o mundo vem descobrindo. Um catequista que gosta de aprender, também fora do âmbito da Igreja, será mais criativo e terá mais recursos para dar conta da sua missão (cf. CT 58).
FONTES: DNC – Diretório Nacional de Catequese. Brasília: CNBB, 2005. Pgs 25, 103, 104.
E VOCÊ, COMO CATEQUISTA, ESTÁ OBSERVANDO ESTA NECESSIDADE OU ESTÁ APENAS SEGUINDO O “MANUAL”?
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (Paulo Freire).
E Rubem Alves, lembra o seguinte: “Na “profissão” (e aqui estou fazendo uma analogia com a catequese, uma “profissão” que abraçamos) tem que saber. E o saber leva tempo para crescer…”
E mais uma coisa que acho absolutamente linda, escrita por Rubem Alves e que a gente PRECISA transferir para o nosso fazer e “entender” catequético:
“Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes”.
(Rubem Alves).
PARAFRASEANDO:
Se eu fosse ensinar a uma criança a beleza e a alegria de ser cristão, eu não começaria com Gênesis, Êxodo, Profetas ou as doutrinas.
Primeiro, ouviríamos juntos as belas palavras de Jesus e eu lhe contaria como Ele era sábio e amoroso e como é belo o Reino de Deus.
Aí, encantada com a beleza dos seus ensinamentos, ela mesma me pediria que lhe ensinasse sobre o que está escrito naqueles 73 livros formados pelos escritos de muita gente antes dele.
E assim, ela entenderia o mistério daquela fé inabalável, de onde veio todo aquele amor e esperança… Sim, a experiência da “beleza” tem que vir antes!
Ângela Rocha
Equipe Catequistas em Formação
Via: Catequistas em Formação
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