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Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
www.bispado.org.br
No mundo da ciência e da tecnologia, a palavra de ordem que comanda é a “perfeição”, a alta definição. Acontece que isto não satisfaz às exigências dos seus destinatários, isto é, a realização da felicidade da realidade social. As pessoas não têm sido mais felizes por isto. É sinal de que algo não está totalmente certo e perfeito.
De outro lado, temos os indicativos precisos da Palavra de Deus. Jesus convida as pessoas para que deixem a arrogância, a auto-suficiência, o querer ocupar os primeiros lugares e o ser melhor do que os outros. A forma de ser feliz passa por outros caminhos, pela prática da sabedoria e da gratuidade.
Não podemos nos conformar com uma cultura de “qualidade total” no seu instrumental de ação deixando na marginalidade os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos e desvalidos de hoje. Um tempo de prosperidade e de desenvolvimento não pode ser excludente a ponto de privilegiar alguns e não levar em conta a maioria da população.
Um mundo de igualdade, apesar dos direitos individuais adquiridos honestamente, leva a superar as desigualdades e a competição social que existe. Não é fácil entender e praticar a proposta do Evangelho quando diz que “o primeiro é aquele que serve, o maior é o último”. Nestas atitudes estão os autênticos valores para o cristão.
A sociedade capitalista vive num intercâmbio de favores. Ela negocia com quem é capaz de competir, deixando de lado o valor da gratuidade, do perdão a quem não pode pagar e da realidade do pobre. Esses últimos não têm lugar à mesa da classe abastarda e privilegiada na posse de bens materiais.
O importante é viver com sabedoria, confiante em Deus e na humildade de coração. O afeto das pessoas e de Deus se conquista com os gestos simples de humildade, muito mais do que com presentes valiosos, mas sem a força do amor e da espiritualidade. Isto significa que os mistérios de Deus são revelados aos simples e não aos orgulhosos e auto-suficientes.
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