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A Bíblia é o livro da humanidade. Ora, um livro tão procurado e lido por tanta gente deve possuir um segredo muito importante. A Bíblia é palavra de Deus. Em todas as épocas da história, sabe-se que o ser humano busca explicações a partir da revelação do sagrado. E a Bíblia é uma forma deste sagrado, Deus, revela-se à humanidade. A fé que mora em nós, nos diz que a Bíblia é a palavra de Deus para nós, “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). Uma palavra tem a força e o valor daquele ou daquela que a pronuncia. A palavra humana pode ser errada, mas a palavra de Deus não erra nem engana. Nela nos sentimos seguros e confiantes para continuarmos a caminhar e construirmos nossa vida, nossa vocação, nosso trabalho. E assim nos tornamos romeiros que caminhamos e saciamos a sede na água viva que encontram na Bíblia.
Neste mês de setembro, as comunidades católicas, acentuam as celebrações, estudos e orações centradas na Bíblia. A Palavra de Deus, revelada à humanidade através dos livros sagrados, é festejada com maior destaque neste mês de setembro. É parte de um calendário litúrgico pastoral. Assim, por exemplo, mês de maio é dedicado mais à Maria, mãe de Jesus e ao papel da mulher na salvação da humanidade, agosto lembra-se da vocação humana como forma de realização pessoal e comunitária, em outubro aprofunda-se o compromisso missionário do cristão no mundo, setembro se dedica e perceber que a Bíblia surgiu como fruto da inspiração divina e do esforço humano.
A Bíblia foi surgindo do esforço comunitário de homens e mulheres que foram percebendo a ação de Deus na história da humanidade. Surgiu aos poucos, misturada com a história do próprio povo de Deus. Podemos afirmar que a Bíblia nasceu da vontade do povo de ser fiel a Deus e reconhecendo que Deus é fiel. A Bíblia nasceu da preocupação de transmitir aos outros e a nós esta fidelidade de Deus para com a humanidade e ao mesmo tempo convocando a todos homens e mulheres a serem fiéis ao processo de salvação que Deus quer para todos nós.
Por isso, “toda escritura divinamente inspirada é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e capacitado para toda boa obra” (2Tm 3,16). Assim, “pela paciência e consolação das Escrituras, permaneçamos firmes na esperanças” (Rm 15,4). Esperamos que, um dia, a verdade e a justiça voltem a ser a marca de toda a palavra que sai da boca de toda a humanidade. Que a verdade, a solidariedade, a justiça, a alegria, a ética e a paz, sejam concretas em nossa vida, para que sejamos chamados – Povo de Deus!
*Prof. João Oliveira Souza (João Indio), professor da Universidade Católica de Goiás e Coordenador da Pastoral UCG
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