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No último dia 25 de março, por ocasião do conflito entre Rússia e Ucrânia, o Papa Francisco convocou o episcopado do mundo inteiro a realizar a consagração de ambas as nações ao imaculado coração de Maria. Tal apelo nos remete, imediatamente, à terceira aparição de Nossa Senhora em Fátima aos pastorinhos, em 13 de julho de 1917, quando a Virgem, mãe de Deus, pediu a consagração da Rússia ao seu imaculado coração, bem como a comunhão reparadora dos primeiros sábados. Também, no dia 13 de junho de 1929, em um convento na cidade espanhola de Tui, Nossa Senhora confirmaria o pedido da consagração em uma aparição feita à Irmã Lúcia.
Há no apelo à consagração ao imaculado coração de Maria, tanto em 1917 quanto em nossos dias, um chamado para que a humanidade volte o seu olhar para o coração sem mancha da Santa Mãe de Deus se sacrificando em desagravo pelos pecados e nos convidando a dedicar o nosso tempo como oferta, por meio da oração, a fim de impedir o avanço da guerra.
O verbo “consagrar” significa a ação de tornar sagrada uma realidade ou uma pessoa. Em outros termos, apoiados na tradição bíblica, faz referência a uma instância separada e ofertada a Deus.
Ora, assim sendo, ou seja, a consagração como um ato que se volta a Deus, cabe a pergunta: qual seria o sentido da consagração ao imaculado coração de Maria? Sobre isso, escreve Joseph De Finance: “Constituída pela maternidade divina mãe de todos os homens, Maria participa misteriosamente no papel vivificador universal de Cristo; na sua dependência espiritual ela compreende todo o gênero humano; nós dependemos dela no que temos de mais profundo: o nosso ser de graça. E é por isso que é possível, num sentido secundário, analógico, mas não metafórico, consagrar-se a ela. Essa consagração não se sobrepõe de forma alguma à consagração de Cristo, essencial para todos os cristãos”[1].
Nesse sentido, ao voltarmo-nos à mãe de Deus vamos também ao Cristo, pois, em previsão dos seus méritos, a Virgem Maria está intimamente associada à sua missão de estabelecer um reino de paz no mundo e o pedido feito em Fátima em 13 de julho de 1917, no qual Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao imaculado coração de Maria, é uma via privilegiada para alcançarmos a realização das promessas de Jesus, pois temos na mensagem de Fátima um fortíssimo chamado à oração e, nestes tempos de horror e de flagelo, a própria oração é um inigualável instrumento, como nos ensinou a Virgem em Fátima, para obtermos a paz.
[1] J. De Finance, “Consagração” in A consagração como dedicação na Mensagem de Fátima, 90.
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