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Segundo a Bíblia, “no sexto Dia da criação, Deus criou o homem” – e o fez Sua imagem e semelhança”. Para infundir-lhe a vida (ou alma) Deus “soprou-lhe no rosto” (Spiritus quer dizer sopro). A semelhança do homem com Deus está em sua alma espiritual. O homem, com exceção dos anjos, é infinitamente superior a todas as outras criaturas.
Na imortalidade de sua alma está a grandeza do homem.
“Deus fez o homem de barro”, sabemos que entram na composição de nosso corpo o ferro, magnésio, cálcio, zinco, água, etc. Além disso, conservamos a vida graças a alimentos tirados da terra. A própria palavra homem vem do latim homo, de húmus (terra). E Adão quer dizer barro.
Diz, ainda, a Sagrada Escritura que, para dar a Adão uma companheira, Deus o fez dormir profundamente e, de uma das costelas, formou Eva. E Adão e Eva foram colocados no Paraíso. Segunda a narrativa, Deus criou Adão fora do Paraíso (simplesmente com dons naturais) e, depois o colocou no paraíso, então o homem passou a gozar de maiores dons (preternaturais e sobrenaturais).
Dom significa uma dádiva, é o que se recebe gratuitamente.
Dom Natural é o que faz parte da essência de um ser. Por exemplo, no homem, a razão; ou no anjo a imaterialidade.
Dom Preternatural é o que excede a natureza de um ser, mas pode ser natural em outro ser. No homem (Adão e Eva, no paraíso), relativamente ao corpo, esses dons eram: imortalidade e ausência de sofrimento, (pois a morte e a dor são apresentadas como conseqüência do pecado). E em relação a alma: maior domínio do espírito e elevada ciência.
A respeito deste assunto, compreendendo-se a influência entre a alma e o corpo, compreende-se que uma alma sã, só pode levar a ausência de sofrimento corporal. Por possuírem uma alma sã, Adão e Eva, possuiam uma imortalidade corporal. Pode-se, perfeitamente, admitir que, depois de viver algum tempo na terra, sem passar pela morte, eles fossem viver no Céu.
Dom Sobrenatural é o que ultrapassa as exigências de qualquer natureza criada: a graça de Deus, a intimidade com Ele.
Com esse dons, o homem viveu no Paraíso, Paraíso cuja localização geográfica não sabemos qual é (nem isso tem importância), mas Paraíso que era, sobretudo, um lugar onde Deus circulava (Gn 3,8), Paraíso, lugar em que o homem vivia na intimidade de Deus (estado de graça) – e, por isso, era tão feliz.
Ainda, no Paraíso, Adão “deu nome aos animais”. Entre os antigos, dar o nome às coisas era algo de divino (pois na verdade só Deus penetra na essência do ser, e por isso só Ele poderia dar nome as coisas criadas)
Assim a Bíblia descreve o homem antes do pecado, saído das mãos do criador, integro e harmonioso, em estado de pureza e graça, possuindo atributos superiores à sua própria natureza.
Estudiosos que buscam vestígios de civilizações primitivas encontram sinais do homem, depois do pecado. Depois, à custa de sacrifícios, houve progresso – como também, períodos de decadência. Mas ficou-nos para sempre a insatisfação, a nostalgia da pureza, indefinida saudade de um paraíso perdido.
Aqui vamos fazer um paralelo entre o Antigo e o Novo Testamento e veremos que o Antigo é figura do Novo. Veremos agora trechos apresentados e Jesus Cristo, figura central da Bíblia.
Adão é o primeiro homem, o pai da humanidade.
Cristo é o primeiro de uma nova linhagem – motivo porque é chamado o “Segundo Adão”
No “sexto Dia”, Deus criou o homem.
No sexto Dia da Semana Santa, Deus o remiu (fê-lo renascer, pela graça).
Da terra virgem e abençoada formou-se o corpo de Adão.
De uma Virgem imaculada nasceu Jesus Cristo.
Do lado de Adão, adormecido nasceu Eva, sua esposa.
De Jesus Cristo crucificado (ferido no peito, no sono da morte), nasceu a Igreja a “Esposa de Cristo”.
Por um homem (Adão), os homens se perderam.
Por um Homem (Jesus), os homens se salvam.
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