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Uma questão que tem rendido desencontros em nossas comunidades está ligada ao local onde a celebração da Primeira Eucaristia deve acontecer. Alguns, simplesmente por questão de status, querem a matriz ou a igreja “mais bonita”; outros defendem a idéia de uma cerimônia reservada, em um local neutro, longe das pessoas que freqüentam normalmente a vida litúrgica da comunidade; outros, ainda, têm boas razões para querer que a celebração aconteça na própria comunidade onde moram as crianças, seja na igreja ou capela, se houver, ou no local onde os membros da comunidade normalmente se reúnem para as suas liturgias.
As duas primeiras posições parecem contrariar, na essência, o que a celebração significa e realiza! A última alternativa aponta para a opção melhor e mais coerente. O templo, ou local do encontro dos irmãos na fé, é um referencial e um sinal sagrado da vida comunitária, seja uma igreja matriz, uma capelinha do bairro ou mesmo um salão. Na verdade, o local é muito mais que “um local”. Seu sentido simbólico transcende qualquer outro atributo, seja estético ou prático, isto é, a beleza do local não é o mais importante para uma comunidade, e sim o quanto, ali, os membros daquela comunidade vivem sua fé e a alimentam, na oração e na unidade. Ele representa a caminhada das pessoas que nela se reúnem e rezam, é ponto de chegada e de partida das mais diversas experiências de fé e de escuta da Palavra, é sede de decisões e de iniciativas em favor do bem comum… E é, sem dúvida nenhuma, o local privilegiado para se realizar a celebração da Primeira Eucaristia, se nele os catequizandos já participaram e participarão de muitas outras celebrações litúrgicas. Status e aparências contradizem o sentido da própria Eucaristia!
Se os catequizandos e familiares estão inseridos na vida de uma comunidade, é mais do que necessário e significativo que esses irmãos na vivência eucarística participem, acolham, apóiem, se entusiasmem e vibrem de satisfação, unindo-se às alegrias dos que são introduzidos na comunhão plena da Igreja. Desse modo, além de ajudar na realização da festa eucarística, toda a comunidade se comprometerá em ser exemplo e incentivo para que os catequizandos continuem perseverantes na participação das celebrações e da vida em comunidade.
Por Pe. Vanildo Paiva – Especialista em Catequese e Liturgia (Via Catequese Hoje)
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