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Após seu discurso no dia de Pentecostes (At 2,37-41), àqueles que perguntavam como fazer parte da comunidade, Pedro respondeu: que se convertam (o primeiro passo para tornar-se seguidor de Cristo), que sejam batizados (sinal do compromisso com o Reino) e que recebam o Espírito Santo (que impulsiona a todos os que aderem a Jesus).
O apóstolo Paulo escreve à comunidade de Éfeso os passos para quem queria tornar-se cristão no início da Igreja Apostólica: o anúncio do Evangelho, a acolhida da fé e a conversão, a instrução (catequese), a verificação das condições do candidato, o Batismo (e compreensão do dom de Deus recebido), o recebimento do Espírito Santo, a incorporação ao povo de Deus e a participação no Corpo de Cristo (quem adere a Cristo se faz um com Ele e participa na comunidade da qual Ele é a cabeça).
Na Igreja primitiva o caminho para tornar-se cristão era o chamado catecumenato, do qual eram parte: etapa missionária (primeiro anúncio de Jesus Cristo, para despertar a fé inicial e a conversão); catecumenato (formação e exames para garantir a vontade do candidato, o conhecimento do Evangelho e uma vida em conformidade a ele); preparação imediata à celebração dos sacramentos (iniciada com a eleição do candidato e da qual fazia parte a catequese sobre o Creio e a Oração do Senhor); catequese mistagógica (sobre ritos e sacramentais). Este caminho – catecumenato – era um tempo para alimentar a fé por meio da catequese e da escuta da Palavra de Deus, apoiado pelas celebrações litúrgicas e acompanhado pela comunidade eclesial, que acolhe, forma e integra o catecúmeno em seu meio.
Com a aceitação da religião cristã, no período chamado Cristandade, enfraquece-se o processo de Iniciação Cristã; a Igreja deixa de priorizar a formação cristã dos adultos, pois considera que o cristão seja formado na família. Neste mesmo período dá-se o afastamento entre Catequese e Liturgia. Assim, com a ritualização da Liturgia e o esvaziamento da Catequese devido à cristandade, a Iniciação Cristã perde seu valor e sentido original.
Mas, com a realização do Concílio Vaticano II, na década de 1960, e com o grande desejo de renovação catequética e litúrgica, a Iniciação Cristã voltou a ser objeto de discussão, e o catecumenato foi sugerido como modelo próprio para a formação cristã dos adultos.
Leituras para estudo pessoal e em grupos:
1- Ad Gentes 14 / Sacrosanctum Concilium 65 / Catechesi Tradendae 19.22
2- Documento de Aparecida 286-294
Por Pe. Nilson Caetano Ferreira, pároco na Paróquia N. Sra. de Guadalupe – Arapongas, PR (Via Catequese do Brasil)
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