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A NOVA BEATA BRASILEIRA: “RESPEITO DA DIGNIDADE DAS MULHERES”
O Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), foi nomeado pelo Papa Francisco para presidir a solene cerimônia de beatificação da Serva de Deus Isabel Cristina no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena (MG).
A jovem brasileira foi brutalmente assassinada, aos 20 anos, em 1982, em Juiz de Fora (MG), por um homem que montava um guarda-roupa em sua casa. Em outubro de 2020, o Papa Francisco reconheceu seu martírio, mas, devido à pandemia, somente agora foi possível a celebração de sua beatificação.
Em sua reflexão, Dom Raymundo partiu da passagem evangélica da liturgia do dia, em que Jesus adverte seus apóstolos: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma” (Mt 10,28). Com essa admoestação, com a qual Jesus demonstra seu incessante cuidado conosco, ressoa em nossos corações que não sejamos impotentes diante do mal.
MATAR O CORPO, MAS NÃO A ALMA
Essa foi a atitude de Isabel Cristina durante seu brutal assassinato, em 1º de setembro de 1982. A jovem, de apenas 20 anos, não temeu quem estava para matar seu corpo, mas não a sua alma. Entretanto, esse cruel acontecimento não significa uma vitória da violência e do mal sobre a paz e o bem. Ela simplesmente não temeu, por isso recebeu a palma do martírio: “O sangue dos mártires”, segundo Tertuliano, “é a semente de novos cristãos”.
Dom Raymundo referiu-se aos que poderiam perguntar “Não é uma insensatez classificar o martírio como um dom de Deus?”. Citando Santo Oscar Romero, bispo e mártir salvadorenho, disse: “O martírio é uma graça de Deus, que eu não mereço. Com o sacrifício da minha vida, espero que meu sangue seja semente de liberdade e sinal de que a esperança se tornará realidade”.
DOM DA FÉ
O dom da fé, que recebemos de Deus no nosso Batismo, torna-nos testemunhas do amor e da misericórdia de Nosso Senhor. Não há fé se não vivermos com fé: a fé testemunhada torna-se martírio cotidiano, na vivência da verdade, da justiça, do perdão, da solidariedade, da alegria, do amor e da paz. O apelo de Jesus a “não ter medo” deve ressoar no seio de nossas famílias. Que nossos lares, sob o exemplo do lar da Beata Isabel Cristina, sejam celeiros de vida. Que em nossas casas as crianças, os jovens e os idosos sejam defendidos e amados.
Desde pequena, a nova beata aprendeu, em família, os valores do Evangelho, que fizeram da sua morte um verdadeiro testemunho de vida. Isabel aprendeu, com seus pais, as virtudes da pureza, da castidade, do amor aos pobres, do zelo com os necessitados. Eis os valores, enraizados em seu coração, que a levaram a não ceder ao ódio e à brutalidade, mas a permanecer fiel ao amor e à paz.
HOJE, MAIS MÁRTIRES DO QUE NO INÍCIO
O Cardeal Raymundo continuou exortando todos, mas de modo particular os jovens a “não ter medo” de dedicar suas vidas aos valores que não perecem. O Papa Francisco reiterou, repetidas vezes, que “hoje existem mais mártires, em todos os lugares, que no início do cristianismo”. O martírio de Isabel Cristina nos leva também a pedir a Deus a graça de que as mulheres sejam respeitadas em sua dignidade; que cessem a exploração e os crimes sexuais contra elas; que cesse o feminicídio! Não tenhamos medo de romper as cadeias da violência e da opressão.
Dom Raymundo concluiu sua homilia pedindo à nova Beata Isabel Cristina que nos ajude a renovar nossa adesão ao martírio, na fidelidade ao Evangelho, conformados a Cristo. Que seu exemplo nos proporcione coragem de aceitar as cruzes, os sofrimentos, as angústias e as dores de nossa vida de cada dia. Se estivermos com Jesus, mártir por excelência, mártir dos mártires, nada devemos temer!
Fonte: Vatican News
O HOMEM DO SANTO SUDÁRIO EM IMAGENS INÉDITAS E HIPER-REALISTAS
A riqueza dos detalhes de uma escultura do corpo de Jesus está impactando os cristãos ao redor do mundo numa exposição na Catedral de Salamanca, na Espanha. Trata-se da mostra “O Homem Misterioso”, que apresenta ao público uma escultura inédita e hiper-realista do corpo de Jesus feita com base nos estudos do Santo Sudário.
A escultura é rica em detalhes que impressionam e podem até chocar, pois, por meio dela, o sofrimento de Jesus na paixão parece ser mais real, maior e mais próximo dos que a observam.
Segundo Álvaro Blanco, que é o curador da exposição, a obra demandou quinze anos de pesquisas sobre o Sudário de Turim. O resultado: uma escultura com 75 quilos e aproximadamente um metro e oitenta centímetros, feita em látex e silicone. O corpo é recoberto de chagas profundas resultantes da tortura sofrida por Jesus. A imagem possui ainda os pés curvados e mãos atadas, com as costas elevadas, os ombros lacerados pelo peso da cruz, o olho direito inchado e a parte posterior da cabeça machucada pela coroa de espinhos.
O curador afirma que, ao colocar o “Homem Misterioso” sobre a mesa da exibição, teve a certeza de “que estava diante da imagem que todos temos de Jesus de Nazaré”. Para ele, a exposição é uma oportunidade de se sentir e estar diante da imagem de Cristo “como nunca foi feito antes”.
SINAIS DA PAIXÃO
Blanco também destacou que a escultura evidencia “uma tortura mais dura do que a pintura sempre refletiu, com uma morte atroz causada não só por crucificação, mas também pela flagelação a cargo de duas pessoas a sessenta centímetros de seu corpo”. Outros dados de diferentes estudos refletem que o homem do Sudário recebeu 150 impactos que causaram 250 feridas distribuídas por todo o seu corpo.
Para obter as medidas da estátua, os artistas que trabalharam nela se basearam nos pontos de sangramento dos pés, das pernas e dos joelhos. Dessa forma, “O corpo de Jesus foi reconstruído antropologicamente, fazendo testes com volumes tridimensionais”, afirma o site da Diocese de Salamanca.
Na inauguração da mostra, o bispo da Diocese de Salamanca, Dom José Luis Retana, afirmou que, por meio da escultura, nossos olhos “vão contemplar os sinais físicos da paixão do Senhor e do amor de Deus que se fez carne em Jesus Cristo e que morre como malfeitor e como sacrifício da nossa salvação”.
Fonte: Aleteia
CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE LISBOA 2023
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 lançou uma campanha de angariação de voluntários. Com o lema “A Jornada Mundial da Juventude precisa de ti”, a Fundação JMJ Lisboa 2023 dirige-se a todos os que querem ser voluntários no grande encontro da capital portuguesa, participando em diversas atividades fundamentais para o acolhimento dos jovens e na realização das várias iniciativas da Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Lisboa de 1º a 6 de agosto desse ano com a presença do Papa.
MOBILIZAR JOVENS VOLUNTÁRIOS
Em comunicado enviado pela organização do evento, Margarida Manaia, diretora de Acolhimento e Voluntariado da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, afirma que “Os voluntários são fundamentais na Jornada Mundial da Juventude, porque participam ativamente na sua construção e, sobretudo, porque cada voluntário, com a sua alegria, generosidade, vontade de servir e acolher todos é a “cara” da própria Jornada Mundial da Juventude! Será seguramente uma experiência inesquecível para cada voluntário!”.
Por sua vez, Ana Alves, diretora de Comunicação da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, afirma que “Com o lançamento desta campanha procuramos sensibilizar e mobilizar todos aqueles que, em Portugal e no mundo inteiro, pretendam inscrever-se como voluntários para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e ajudar-nos a acolher os jovens ao longo de todo o encontro”.
A nota de imprensa da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 revela que a campanha vai ser divulgada não só em Portugal, mas também em nível internacional nas redes sociais do evento, e está intimamente ligada à primeira campanha que se dirigia às primeiras inscrições de jovens no evento com o lema “A Jornada Mundial da Juventude é para ti”, campanha que teve seu início com a inscrição do Papa Francisco.
Com essa nova campanha, a organização do evento “pretende sensibilizar voluntários de curta duração para apoiar a organização durante o encontro, procurando mobilizar entre 20 a 30 mil voluntários. Os voluntários de curta duração deverão ter disponibilidade para duas semanas de serviço, sendo que a primeira semana será de formação e a segunda, o encontro propriamente dito”, refere o comunicado da jornada.
O site oficial do evento informa que “os voluntários da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 estarão ao serviço dos peregrinos” e que “São um grande apoio na concretização das muitas tarefas que um evento desta dimensão exige. Serão primeiro um rosto simpático, seguro, disponível e capaz de ajudar quem precisa, ou encaminhar corretamente qualquer que seja a necessidade: informações gerais, dúvidas sobre os eventos, apoio às pessoas com mobilidade condicionada.
São vários os tipos de voluntários num evento dessa enorme dimensão. “Alguns terão uma missão muito visível e em locais de destaque, outros um papel mais discreto e igualmente crítico para que a JMJ aconteça”, sublinha a organização.
Fonte: Vatican News
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