ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Caros amigos, todos somos chamados à santidade. Ao mesmo tempo, cada pessoa é importante aos olhos do Senhor, que convida individualmente aos homens e mulheres de boa vontade a participarem de Seu plano de amor. Por isso, podemos dizer que cada pessoa neste mundo tem uma particular missão e insubstituível responsabilidade na construção do Reino de Deus.
Os leigos, ou seja, os fiéis que não receberam a Sagrada Ordenação nem fizeram votos públicos dos conselhos evangélicos, são chamados por Deus a assumir com grande amor e generosidade sua missão específica na Igreja e no mundo.
Assim ensina o Catecismo da Igreja Católica: “É específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus… A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor” (n. 898).
Quando os leigos não assumem sua tarefa evangelizadora, todo o mundo sofre graves consequências. Por sua índole “secular”, esses fiéis podem iluminar os importantes ambientes da vida social, desde as famílias – primeira célula da sociedade – até as estruturas políticas e econômicas, cujas ações repercutem na vida de todos.
Percebemos que dois grandes perigos ameaçam a verdadeira missão do leigo. Por um lado, a cultura do bem-estar, que faz com que muitos fiéis evitem tarefas apostólicas ou outros compromissos cristãos que lhes possam roubar o seu “precioso” tempo livre (Cfr. EG, 30). Por outro lado, alguns setores da Igreja fazem uma má interpretação do que deve ser a valorização da missão dos leigos colocando-os apenas em tarefas no seio da Igreja (cfr. EG, 102), e não formando lideranças para os difíceis e urgentes campos sociais como a política, a caridade social, a produção intelectual em defesa da fé e a educação da juventude.
Os leigos sempre foram a vocação mais abrangente e evangelizadora da Igreja. Mesmo onde os sacerdotes e religiosos não podiam atender adequadamente, lá um exército de batizados e batizadas mantinha a fé com a devoção popular e um profundo sentido de temor de Deus, como atesta a história da evangelização de nossa Diocese. Falta que toda a Igreja cresça na consciência da missão evangelizadora do leigo e sua enorme boa vontade, que conta com a luz do Espírito Santo.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
Bispo de Nova Friburgo (RJ)
Comments0