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O jovem Isidoro nasceu em torno de 1890, em Bokendela, no Congo. De vida muito pobre trabalhou já na infância como lavrador no campo. Seu batismo, em 1906, foi a partir do seu encontro com missionários carmelitas que doaram a ele um rosário e o escapulário de Nossa Senhora do Carmo.
Muito devoto da Virgem Maria, alegremente rezava e cantava enquanto trabalhava. Uma vez, impedido de fazê-lo, decide abandonar seu posto, mas sem acolher o mandato de abandonar os sinais visíveis de sua fé. Foi chagado em suas costas com açoites e morre por não resistir aos ferimentos.
Em 11 de junho de 1977, a Congregação da Causa dos Santos deu permissão para a publicação do decreto de abertura do processo canônico sobre o martírio de Isidoro Bakanja, na diocese de Mbandaka-Bikoro, no Zaire.
Firmeza de fé
A história da paixão deste jovem leigo, das mais emocionantes pelo candor e firmeza de fé, é quase desconhecida fora da África, mas tem características tais que a tornam incrivelmente atual. A vítima, primeiramente, é um leigo de condição humilde, que recebeu o batismo há pouco: é um neófito. É um operário que emigrou à procura de uma ocupação que lhe consentisse melhorar a situação econômica e ajudar os familiares. O perseguidor não é um pagão, mas um europeu que rejeitou o batismo e é animado por fobia anticlerical: a África aproxima-se do evangelho, a Europa distancia-se. Enfim, a espiritualidade deste jovem negro está impregnada de devoção mariana: a recitação do terço constitui para ele a fonte cotidiana de elevação a Deus e de fortalecimento espiritual.
As acusações, em virtude das quais é sacrificado, são substancialmente duas: 1ª – Ele usa o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo e não pretende separar-se dele nem por um instante; 2ª – Vai rezar no bosque, porque isto lhe está proibido em casa. O Bankoto Malia, isto é, o Bentinho, lhe será arrancado no momento do suplício, mas espiritualmente permanecerá eternamente com ele, será sua veste nupcial que o introduzirá no banquete sem fim.
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