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No dia 3 de fevereiro celebramos a memória de São Brás (264-316), caracterizada também pela tradicional “bênção da garganta”.
Antes de tudo perguntamos: quem foi São Brás? Sobre a vida dele dispomos de poucas notícias; a única coisa certa era a sua fé em Cristo, que manteve até à morte por decapitação, após cruéis torturas indescritíveis.
A tradição diz que Brás era natural de Sebaste, na Armênia, onde passou a sua juventude, dedicando-se, sobretudo, aos estudos de medicina. Ao tornar-se bispo, entregou-se aos cuidados físicos e espirituais do povo, realizando, segundo a tradição, até curas milagrosas.
Naqueles anos, as condições de vida dos fiéis da fé cristã pioraram por causa dos contrastes entre o imperador do Oriente, Licínio, e do Ocidente, Constantino, que causaram novas perseguições. Brás, para fugir das violências, refugiou-se em uma caverna, no monte Argeu, porém, foi encontrado e preso pelos guardas do governador Agrícola e levado a julgamento.
Ao longo do caminho, encontrou uma mãe desesperada, com seu filhinho nos braços, que estava sendo sufocado por um espinho ou isca de peixe cravado em sua garganta. O bispo abençoou-o e a criança recobrou imediatamente a saúde. Esse fato, porém, não foi suficiente para poupá-lo do martírio. Era o dia 3 de fevereiro de 316.
São Brás é um dos santos cuja fama de santidade chegou a muitos lugares e, por isso, é venerado em quase todas as partes do mundo.
O milagre da garganta é recordado no dia da sua memória com um rito litúrgico particular, durante o qual o sacerdote abençoa as gargantas dos fiéis com duas velas cruzadas diante delas.
Uma das orações dirigidas ao santo nessa circunstância nos ensina como podemos vivenciar essa bênção com fé e caridade. Vejam, a seguir: “Ó glorioso São Brás, que restituístes com uma breve oração a perfeita saúde a um menino que, por uma espinha de peixe atravessada na garganta, estava prestes a expirar, obtende para nós todos a graça de experimentarmos a eficácia do vosso patrocínio em todos os males da garganta. Conservai a nossa garganta sã e perfeita para que possamos falar corretamente e assim proclamar e cantar os louvores a Deus. Amém”.
Nas nossas orações pedimos a Deus, muitas vezes pela intercessão de um santo, que nos dê saúde física e espiritual. Nessa oração não pedimos apenas a saúde da garganta, mas o dom da caridade para com todos os enfermos e o dom da fé e da esperança, cantando os louvores ao Senhor.
E como “a boca fala daquilo de que o coração está cheio”’ (Mt 12,34), nesta bênção pedimos a Deus, pela intercessão de São Brás, a graça de um coração puro. Amém.
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