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Setembro, para a Igreja Católica no Brasil, é o Mês da Bíblia, em que as comunidades são convidadas a se aprofundar na Sagrada Escritura; porém, antes de pensar que a Bíblia é uma coletânea de livros antigos, escritos no passado para o passado, perceberá que ela é um antigo sempre jovem.
Antes de tudo, vale afirmar que a Igreja Católica sempre deu um lugar de destaque à Sagrada Escritura porque crê firmemente que nela está contida a Palavra de Deus, palavra tão antiga e tão nova que faz arder os corações. Outrora a Palavra foi revelada aos homens pelos profetas ou mesmo pelo próprio Verbo Encarnado, que atesta as verdades de fé dos textos sagrados. A Constituição Dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, diz: “A Igreja venerou sempre as Divinas Escrituras como venera o próprio corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da Palavra de Deus quer da do corpo de Cristo. Sempre as considerou, e continua a considerar, juntamente com a sagrada tradição, como regra suprema da sua fé” (21). A Palavra é, pois, a grande novidade de Deus para os homens de todas as gerações.
É pensando assim que este se torna um mês bem vivido a partir de iniciativas que favorecem a compreensão de que a Sagrada Escritura é sempre próxima e não distante. Algumas sugestões se fazem necessárias para que haja esta compreensão: 1) estudo para compreender a sequência da história da salvação revelada nos textos sagrados, a qual todos são chamados a participar mediante a pessoa de Jesus Cristo; 2) lectio divina ou leitura orante, para mergulhar nos mistérios contidos nos livros sagrados e assim nutrir um profundo amor pela Palavra divinamente revelada que traz um novo hálito de vida e de esperança; 3) gincanas bíblicas para que se aprenda sobre a Sagrada Escritura de forma dinâmica; 4) exposições bíblicas, no colégio ou na paróquia, a fim de que se conheçam os contextos e as curiosidades bíblicas; enfim, quaisquer dessas iniciativas pastorais, e tantas outras, irão favorecer para que se enxergue a Bíblia como um livro sempre atual.
Para este setembro de 2022, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou como proposta de estudo e oração o Livro de Josué, com o lema “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás!” (Js 1, 9), cuja proposta é mostrar que Josué, acreditando cegamente na Palavra de Deus, foi em direção à Terra Prometida e a conquistou.
E você, caro(a) jovem, quais os teus sonhos? Sabes que não estás sozinho(a) em busca deles? Neste Mês da Bíblia, que tal ler o livro de Josué para teres um encorajamento e continuares indo avante? Como diz o versículo acima, o Senhor estará sempre contigo.
Diante desse leque de proposições, derruba-se a tese de que a Bíblia é um “livro antigo”. Nunca como antes os cristãos católicos têm buscado lê-la sempre mais, seja pessoalmente ou com a Igreja, por meio dessas importantes e motivadoras iniciativas. Se eles participam em grande número é porque se sentem atraídos a um contato mais aprofundado com a Sagrada Escritura e a Igreja tem lhes correspondido nessa busca.
Sendo assim, que o mês da Bíblia seja sempre uma renovada ocasião de oração e aprofundamento da Sagrada Escritura, que é luz para os passos e força para o caminho daquele que crer, possibilitando olhares sempre novos.
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