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A cada ano, no mês de setembro, a Igreja do Brasil elege um livro da Bíblia para estudo e oração em grupos. Neste ano, foi escolhida a Epístola aos Gálatas.
Trata-se de uma circular às igrejas da Galácia. O autor, Paulo, foi comumente aceito como sendo o autor da carta. Há estudiosos que questionam se é verdadeiramente dele. Pode ser que alguém tenha escrito a carta e a tenha atribuído a Paulo para, assim, o escrito ganhar autoridade.
O estilo favorece apresentar Paulo como autor (cf. Gl 1,1). Ele havia fundado as comunidades em sua segunda viagem missionária (cf. At 16,6). O autor provavelmente a escreveu durante sua terceira viagem entre os anos 55-57 d.C. (cf. At 18,23).
Paulo escreveu para admoestar os membros da comunidade à fidelidade e perseverança dos gálatas aos ensinamentos que lhes transmitiu a fim de resistirem à conturbação causada por um grupo de judeus-cristãos com forte tendência judaizante que atacavam e distorciam a instrução de Paulo, insistindo na necessidade de seguimento da lei mosaica, obrigando-os a ser circuncidados para serem verdadeiros cristãos (cf. Gl 1,6-7). Acusavam também Paulo de não pertencer ao grupo dos apóstolos. Ele buscou corrigir esses desvios salientando o pesado “jugo” da lei, uma vez que essa levava à escravidão ao dar maior ênfase à letra que ao espírito. O Evangelho de Jesus Cristo leva à liberdade.
Acusavam também Paulo de não pertencer ao grupo dos apóstolos. Escrevendo, então, ele se defendeu dos que o acusavam sendo estes falsos mestres, não ele. Ensinou que todos são salvos não por causa das obras da lei e sim pela fé em Jesus Cristo. Reconhece e esclarece a função da lei de Moisés no plano de Deus.
A carta é composta de seis capítulos:
Gálatas 3-4: defesa do evangelho. Ensina que Abraão foi justificado pela fé e não pelas obras da lei de Moisés. Em sua vida e morte, Jesus redimiu a humanidade da maldição da lei. A lei serviu como pedagogo para conduzir todos a Cristo. Pelo Batismo fomos revestidos em Cristo, assim, tornamo-nos um só em Cristo e herdeiros das promessas (3,24-29).
Gálatas 5-6: Paulo chama os cristãos a firmarem a fé e conduta segundo o Evangelho pregado. Deve-se ter consciência do forte contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito: “Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne. Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis. Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito” (5,16-25).
Todos são chamados a carregar os fardos uns dos outros para bem caminhar. Nunca cansar de fazer o bem. Cada qual colhe o que planta: “O que o homem semeia, isso mesmo colherá.
Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé” (Gl 6,7-10).
Trata-se de um excelente material de estudos e vivência cristã.
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