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Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
www.bispado.org.br
Novos tempos, nova cultura e realidades que cobram da catequese posturas que também sejam novas. É caminho que exige de toda a Igreja e suas pastorais despir-se de uma prática tradicional, antiga, que ajudou muito no passado, mas agora não produz frutos suficientes e à altura para o momento.
O Espírito de Deus tem soprado um novo vigor para a Igreja. Muitos documentos oficiais estão despertando novos projetos catequéticos, sugerindo “queimar pestana” para fazer brotar caminhos com novas dimensões. Uma catequese mais pertinente aos fatos da vida cristã da atualidade e abertos para a nova cultura.
Muitos catequetas estão propondo pedagogias catequéticas mais adaptadas para o momento. Estão mostrando que, numa cultura individualista, é fundamental uma catequese mais celebrativa do que propriamente preocupada com conceitos teóricos e doutrinários, que não atingem os objetivos da vida moderna.
Numa cultura que privilegia a aparência, a estética e o visual, os sinais e símbolos litúrgicos falam muito. A vivência cristã tem suas motivações naquilo que fala dos mistérios de Deus. O Senhor age nos fatos sensíveis e que estão relacionados com a nossa vida cotidiana.
Em todos os Regionais da Igreja no Brasil estão acontecendo atos formativos. São Escolas Catequéticas, Assembleias de Catequese, Cursos Formativos nas dioceses, Cursos de Pós-Graduação em Catequese etc. É um novo sopro do Espírito Santo despertando novo caminho para uma catequese das novas exigências.
Estamos numa superação de catequese de criança, adolescente e jovem para dar também atenção à catequese com adultos. O objetivo principal é a Iniciação à Vida Cristã. Muitos dos nossos irmãos não foram iniciados na fé. Às vezes não são batizados ou, batizados, mas sem prática concreta de vida de fé.
A catequese de crianças vem produzindo poucos frutos por não encontrar nos adultos o testemunho exigido. O que é vivenciado na catequese não encontra ressonância em casa e na vida da comunidade. Isto significa que a comunidade não tem sido catequizadora.
Carecemos de um novo tipo de catequista, de comunidade e de família. É importante destacar que estamos dando passos significativos na Pastoral Catequética. Estão sendo formados catequistas como discípulos missionários, como Igreja aberta para os dias de hoje.
O processo iniciático deve ser feito pela comunidade cristã. Isto significa que a catequese não pode ser superficial e sem compromisso. As exigências para o ser cristão hoje são grandes, de pés no chão, criando fraternidade e vivência comunitária.
A fé deve ser adulta, comprometida e aberta para as novidades do Reino, de testemunho, de participação e vida comunitária. É ter coragem de viver os mistérios do amor de Deus com consciência, com esperança e segurança num mundo melhor.
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