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Apoiado com recursos do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2022, dentro do Eixo 1: “Apoio a projetos educativos”, projeto desenvolvido pelo Conselho Indígenista Missionário (Cimi) Regional Mato Grosso com o povo Enawêne-Nawê está subsidiando o desenvolvimento de um material didático na sua língua materna. As atividades vão atender às necessidades das duas comunidades de dinamizar suas escolas e subsidiar os educadores e educadoras no processo de ensino-aprendizagem.
O povo originário Enawanê Nawê vive desde tempos imemoriais na região noroeste de Mato Grosso, às margens do rio Juruena. Foi oficialmente contatado em 1974. Atualmente sua população é de 944 pessoas com idade acima de 3 anos de idade, segundo dados organizados por fichas de vacinação. Em 2015, foi criada oficialmente a escola mas encontra-se desativada. Desde 2019 eles passaram a fazer parte da escola Myhyinykyta Skiripi, de povo Rikbaktsa. São 628 alunos Enawanê-Nawê organizados em 33 “salas de aula” e acompanhados por 24 professores. A alfabetização se dá na língua materna nos três primeiros anos do ciclo, por meio de professores indígenas. Só depois aprendem a língua portuguesa.
O responsável pelo projeto Gilberto Vieira, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) regional do Mato Grosso, informa que a iniciativa visa contribuir com o empoderamento do povo Enawêne-Nawê por meio da formação sobre seus direitos constitucionais, como garantia e proteção de seu território, saúde e educação de qualidade, específica e diferenciada, respeitando seus costumes e tradições. O projeto prevê a realização de oficinas com professores indígenas e não indígenas, interação escola e comunidade e fortalecimento da educação escolar com valorização das práticas socioculturais, ensino da língua materna e conhecimentos tradicionais.
De acordo com o representante do Cimi, a iniciativa é resultado do trabalho de muitas mãos de lideranças do povo, do corpo docente e dos próprios alunos de duas comunidades. “O objetivo principal é apoiar este povo na elaboração de materiais didáticos, que considera os conhecimentos e a cultura dos povos originários e tradicionais, a serem utilizados em seus processos de formação escolar”, afirmou.
Ele informa que a cartilha, ainda em processo de elaboração, será o ponto alto de um processo de coleta de informações e produção coletiva, que está envolvendo além dos professores Enawenê e de outros indígenas, os sábios da comunidade.
O representante do CIMI afirma que a valorização da língua materna, da cultura e dos processos pedagógicos próprios são elementos essenciais do projeto apoiado pelo FNS e mediado pelo CIMI regional Mato Grosso. O Cimi regional Mato Grosso tem sua sede em Cuiabá (MT) e é formado por 16 equipes de base, além da equipe de coordenação, totalizando 16 missionários.
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